Eu tenho 44 anos. Descobri, há três meses, que estou com câncer. No início, minha preocupação era o que fazer com isso. Agora, não sei o que fazer com a minha vida sexual. Primeiro, quero saber se é normal não ter vontade de fazer sexo. E se voltaremos a ser como antes.
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Geralmente, a pessoa que se descobre portadora de câncer passa por estágios emocionais diversos: negação, rebeldia e depressão. É nas fases de rebeldia e de depressão que a atividade sexual vai sofrer maior impacto. A atividade sexual não acontece com esta preocupação na cabeça. O câncer não é uma contraindicação à atividade sexual. Mesmo assim, a libido pode diminuir, até por um efeito colateral do tratamento. Após, o desejo volta.
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Com algumas mulheres, se dá exatamente o contrário. Pelo medo da doença, elas precisam se sentir mais ativas que antes. Uma das maneiras é se aproximar do parceiro e se sentir desejada. Esse comportamento melhora a autoestima e ajuda muito na condução do tratamento. É comum que maridos de pacientes com câncer de mama, por exemplo, se afastem das parceiras para não incomodá las, já que a doença é o foco no momento. É necessário conversar. O pior inimigo da saúde sexual é o silêncio.
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