Condomínios bem estruturados, com opções de saúde e lazer, fazem parte dos sonhos de muitos brasileiros que buscam moradias que proporcionem melhor qualidade de vida. Com a pandemia e o distanciamento social, a atenção sobre o lar aumentou ainda mais, o que reforçou a tendência do mercado imobiliário – o investimento em home clubs.
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Pensando na segurança e conforto dos moradores, as construtoras têm apostado em empreendimentos que reúnem comodidades como piscinas, academia, quadras esportivas, sauna, churrasqueira, salão de festas, espaço pet, spa, horta comunitária, playground para crianças e salão de jogos.
De acordo com o diretor de operações da Terraz Aluguel Digital, André Lima, o mercado tem visto os home clubs com bons olhos em tempo de pandemia
— Tanto pela liberdade de ser trabalhar em home office como pelo amplo espaço de lazer em períodos de isolamento, principalmente para pais com crianças.
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Sem pesar no bolso
Com essas funcionalidades perto do morador, o “condomínio clube” possui a vantagem de evitar o deslocamento e trânsito nas grandes cidades. Ainda, os gastos com todas essas atividades diminuem, pois não é preciso pagar academia externa, por exemplo. Basta agendar um horário e descer do apartamento.
Para quem faz atividade física e gosta de um futebol com os amigos no final de semana seguido de um churrasco, o investimento faz ainda mais sentido. Pais com filhos pequenos também desfrutam de maior proximidade e segurança ao contar com quadras esportivas, piscina infantil e locais adequados para brincadeiras com os amigos.

A estrutura a mais tem seu custo, mas como o valor é dividido de acordo com o número de apartamentos, pode ser mais vantajoso ter por perto tudo o que precisa para a hora do lazer e descanso. É comum que empreendimentos desse tipo tenham um número maior de unidades, o que dilui os gastos totais.
“Nunca imaginei morar em um apartamento. Hoje, não saio mais”
O Alisson Gamba, de 29 anos, é morador de um home club em Penha desde setembro do ano passado. Escolheu o condomínio para ter mais segurança e conforto com as opções de entretenimento disponíveis, como piscina, salão de jogos e de festas, cancha de bocha, sauna, academia, quadras esportivas e sala de cinema.
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Em uma unidade de três quartos, o condomínio custa em torno de 500 reais por mês — valor bem abaixo do que era necessário para manter a casa grande com piscina em que morava anteriormente. Com 280 apartamentos, o condomínio consegue dividir os custos de toda a infraestrutura de lazer.
— Nunca imaginei morar em um apartamento. Hoje, não saio mais. O home club traz muita segurança e é possível usufruir tudo isso com preço muito baixo, a experiência é muito boa — acredita Gamba.
Opção de investimento
Já Elverton Redivo, morador de Brusque, comprou pela primeira vez um apartamento em um home club em 2017. Queria um local para aproveitar alguns dias na praia e optou pela locação da unidade para terceiros na temporada. O negócio deu tão certo que comprou uma segunda unidade, também no município de Penha, no ano de 2019. Segundo ele, o investimento em home clubs é uma aposta certeira.
— O home club é um divisor de águas, aumenta muito a qualidade de vida. É um grande privilégio, pode proporcionar momentos especiais para a família e também há valorização do imóvel, por tempo, demanda, localização, sem contar a rentabilidade do aluguel — acredita o investidor.
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Elverton aprovou a qualidade e também o custo-benefício, que, segundo ele, é acessível para a classe média. Com a esposa grávida no momento, terá a oportunidade de aproveitar os benefícios quando o apartamento não estiver locado.
Mercado aquecido
Thales de Souza Silva, diretor comercial da Rôgga Empreendimentos, afirma que o mercado está em alta. No ano passado, as vendas das unidades cresceram 63%. A empresa possui unidades em Jaraguá do Sul, Penha, Barra velha, Balneário Piçarras e Joinville, mas está com planos de expansão para São José, Palhoça, Florianópolis, Blumenau e Curitiba.
— O conceito do home club é que seja um empreendimento com área de lazer completa, um clube incorporado ao apartamento, que agrega qualidade de vida para as famílias. Mas o produto era geralmente focado no litoral. Primeiro começou como veraneio, mas agora pensamos na pessoa que quer morar no produto ou explorar isso em outras cidades. Por isso, fomos além desse conceito, para proporcionar lazer para o ano todo, pois temos estações bem definidas aqui em Santa Catarina — afirma o diretor.

Para Silva, a melhor forma de usufruir de itens de lazer sem um custo excessivo é fazer isso de forma compartilhada, com conforto, segurança e comodidade. Os resultados do ano passado, de acordo com ele, foram impactados pela pandemia.
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— As pessoas valorizam cada vez mais os imóveis, mas o isolamento fez com que algumas dores aparecessem, como a falta de espaço e conforto em apartamentos compactos. O mercado, que já estava em expansão, ficou ainda maior — finaliza.
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