Peniche continua sendo castigada por ventos e chuvas e mais uma vez o início da etapa de Portugal foi adiado. A 10.ª etapa do Circuito Mundial de Surfe, que estava marcada para o último domingo, poderia ter começado se não fossem as condições adversas. Tanto que o experiente Kelly Slater já pondera sobre as dificuldades que os atletas vão encontrar.
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– Talvez tenhamos equipamentos quebrados e precisaremos contar com um material extra. Isso pode fazer a diferença – disse.
Na praia de Supertubos, os estragos dos ventos com velocidade acima dos 100 km/h foram grandes. Parte da estrutura pré-fabricada caiu, vidros foram quebrados e portas arrancadas. Pelas previsões meteorológicas, dificilmente o torneio começará antes desta quinta.
– O tempo está ruim, mas vai mudar um pouco. De qualquer forma, acredito que será um desafio esse ano para todos nós – previu Slater.
Os organizadores do evento estão correndo para tentar consertar os danos e deixar tudo pronto para quando a etapa começar, mas já se considera a possibilidade, mesmo que pequena no momento, de levar a competição para a praia de Belgas ou para o Pico da Mota, locais mais afastados da cidade e com pouca estrutura.
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Nesta segunda, os surfistas aproveitaram o dia de folga para treinar. Gabriel Medina foi para a água, assim como outros brasileiros: Filipe Toledo, Miguel Pupo, Jadson André e Alejo Muniz. Com boas ondas no Pico da Mota, em Belgas, eles puderam entrar em tubos, mesmo com vento constante e chuva. No local, Medina treinou por pouco mais de duas horas, mesmo debaixo de chuva. Charles Saldanha, seu pai e treinador, ficou boa parte do tempo assistindo para depois passar orientações. O surfista havia descansado no dia anterior, mas decidiu ir ao mar nesta segunda.
– O descanso faz parte do treinamento, mas era importante entrar na água agora para se exercitar um pouco – explicou Charles.