Terminou o terceiro e último dia de julgamento do jogador Daniel Alves. A sessão acabou por volta das 17h55min (horário de Brasília). Nesta quarta-feira (7), além do testemunho do jogador, houve apresentação dos vídeos das câmeras da boate e os relatórios finais do Ministério Público, da defesa e da acusação.
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Daniel Alves chorou durante seu testemunho e negou agressão sexual. Brasileiro se emocionou e disse que a relação foi consensual. Defesa do jogador pediu liberdade condicional e que o brasileiro seja absolvido.
Já a defesa e o Ministério Público pediram que se mantivesse a prisão preventiva. Não há prazo para proferir a sentença, porém a imprensa espanhola diz que ela deve sair em um mês.
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Veja como foi o 2º dia do julgamento de Daniel Alves
Relembre aqui como foi o primeiro dia de julgamento.
Fotos: Daniel Alves no primeiro dia de tribunal
Acompanhe como foi o 3º dia de julgamento de Daniel Alves
- Termina o julgamento às 17h55min (horário de Brasília).
Acusação diz que há todos os elementos para manter a prisão preventiva do jogador.
Ministério Público pede manutenção da prisão provisória, alegando que existe o risco de fuga. Eles acrescentam que Daniel Alves é um dos melhores jogadores do mundo, com grande patrimônio e tem capacidade financeira, ou amigos que tem. Além disso, o Brasil não acordo de extradição com a Espanha.
Defesa pede liberdade provisória de Daniel Alves, alegando que não há provas objetivas e o discurso da acusação é subjetivo.
- Daniel Alves tem o direito a dar a última palavra, mas o jogador apenas agradece e não acrescenta mais nada.
- Termina apresentação do relatório da defesa do jogador.
- Defesa diz que não julga o comportamento da denunciante e que se limita a explicar o comportamento pelo ponto de vista do jogador.
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- Advogada diz que o jogador estava tão alcoolizado que o impediram de dirigir.
- Defesa insiste que o pagamento de 150 mil euros foi para reparar os danos e que isto deveria ser um atenuante.
Para Inés Guardiola, deveria ser proferida sentença de absolvição de Daniel Alves.
- Defesa diz que havia atração sexual entre os dois e que faltou externalização do consentimento.
- Para a defesa houve uma tentativa de apresentar Daniel Alves como assediador, sendo que ele apenas não recusa e retribuiu uma atitude sexual.
- Defesa de Daniel Alves diz que as provas objetivas invalidam a declaração da denunciante.
- Advogada do jogador questiona história da denunciante no banheiro e que a posição que ela diz ter ficado é incompatível com as digitais encontradas no local.
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- Defesa reafirma que a relação sexual foi consensual.
“Ela esfrega as partes íntimas em Alves”, diz a defesa.
- Defesa diz que a denunciante não parecia desconfortável quando senta próxima ao jogador.
- Advogada do jogador questiona: se a vítima não sabia quem era ele, por que quis tirar duas fotos com Daniel Alves?
- Defesa de Daniel Alves: a declaração da denunciante não corresponde à realidade. Do momento em que o garçom fala com elas até elas aceitarem o convite, se passam apenas 40 segundos.
- A declaração do meu cliente foi corroborada, diz Inés Guardiola, advogada do jogador.
- Começa o relatório da defesa de Daniel Alves.
Advogada da denunciante pede a pena máxima por agressão sexual, 12 anos.
- Para a advogada, Daniel Alves descreve o que aconteceu dentro do banheiro como alguém que foi totalmente passivo na ocasião.
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- Ester Garcia diz que a circunstância atenuante que a defesa quer aplicar não é válida, pois mesmo tendo bebido demais ele estava com capacidade de distinguir o que era bom do ruim.
- Advogada diz que pedir a alguém que diga “Você é minha p….”, é um ato de humilhação.
Para a advogada da denunciante, Daniel Alves sabia que ela não queria e que era um ato de humilhação.
- Denunciante estava com medo, não queria denunciar pois não acreditariam nela, diz sua advogada.
- Advogada diz que a suposta vítima estava em claro estado de choque e que sua história foi consistente durante todo tempo.
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- Advogada da denunciante: “Foi muito difícil para nossa cliente chegar até este julgamento”.
Começa a falar Ester Garcia, advogada da denunciante.
- Termina o relatório do Ministério Público.
- Daniel Alves não pagou o valor de 150 mil euros para reparar o dano, este é o valor da fiança. Para o MP este valor deve ser incondicional, independente do resultado do julgamento.
“Estes fatos não são dignos de uma pena mínima”, afirma Ministério Público.
- Ministério Público: Daniel Alves manteve comportamento normal, mesmo alcoolizado. Ele cumprimenta os porteiros e caminha normalmente para a sala VIP.
- Para o MP ele chegou ao julgamento calmo, e que suas mudanças de versão são impressionantes, sendo que no vídeo se vê claramente que ele é quem aponta para as meninas.
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“Daniel Alves considerava-se totalmente impune”, diz o Ministério Público.
- O Ministério Público lembra que todo protocolo na boate Sutton foi correto, e que a vítima poderia ter ido para casa e poderiam ter perdido provas.
Todas as testemunhas da Sutton concordam que a suposta vítima se encontrava devastada.
- Para uma relação consensual, Daniel Alves teve muita pressa em sair da boate, afirma o Ministério Público.
- Para o Ministério Público está comprovado que a mulher sofre de estresse pós-traumático.
- A denunciante implorou para sair e ele usou de violência, lhe dando um tapa e agarrando seu cabelo.
“Só porque uma mulher aceita uma bebida em uma cabine não significa que ela tenha interesse sexual”, diz o Ministério Público.
- MP conclui que não há dúvida de que não foi apenas assédio. O jogador não se importou com os apelos da denunciante para que parasse, a jogou no chão e bateu. Para o Ministério Público não há qualquer confusão nessa situação.
Ministério Público diz ver uma dança normal de uma jovem.
- Para o MP é normal que se tenha lacunas na história da suposta vítima, pois ela pode fazer isso para preservar sua memória. Ela viveu uma situação aterrorizante e segue com uma história persistente, apesar da situação traumática que vive.
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- Ministério Público lembra que a vítima explicou que entrou voluntariamente no local, mas só soube que era um banheiro depois que estava lá dentro.
- Ministério Público avalia depoimento da denunciante, dizendo que a história é credível e que existem indícios ou evidências que confirmam a história. Além disso, ela manteve sua versão desde o depoimento aos policiais até o dia do julgamento.
- Retomada a sessão.
- Recesso de dez minutos.
- Terminam as perguntas da defesa para o acusado.
- O jogador conta que ficou arruinado, pois bloquearam suas contas no Brasil e quebraram todos os seus contratos. Daniel tem dificuldade em falar, pois chora bastante.
- Daniel Alves começa a chorar e interrompe sua fala. Ele continua relatando que recebeu a notícia que estava sendo acusado de estupro pela imprensa.
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- O jogador conta que não conhecia a denunciante e suas amigas. Quando saiu do clube estava muito bêbado e que falou apenas em sexo oral na sua primeira versão, na intenção de que sua mulher o perdoasse.
- Daniel Alves diz que não é violento e que não agrediu a denunciante.
“Em nenhum momento ela me disse que não queria nada”
- Alves conta que a denunciante ajoelhou na sua frente e começou a fazer sexo oral. Ele então baixou as calças e sentou no vaso sanitário.
“Não precisei insistir para que ela fosse ao banheiro”, relata o jogador.
- “Já estávamos mais próximos, ela começou a dançar mais perto de mim, esfregando suas partes nas minhas. Uma típica dança disco, uma dança um pouco mais próxima”, diz Daniel Alves.
- Daniel conta que ao chegar na boate Sutton, foram para a mesa seis, lugar em que costumava ficar sempre que frequentava essa boate. A denunciante e outras duas garotas se aproximaram e começaram a conversar.
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- O jogador conta que bebeu duas garrafas de vinho, além de um copo de whisky. Depois foram a outro bar, onde beberam gin tônica. Em seguida foram para a boate Sutton, no carro dele, mas com um amigo dirigindo, pois havia bebido muito.
- Daniel Alves fala que se encontrou com seus amigos e que saíram apenas para comer, e que eles pediram cinco garrafas de vinho e uma garrafa de whisky japonês.
Começa o testemunho de Daniel Alves
- Mesmo com um dia longo de julgamento, a previsão é que Daniel Alves fale ainda nessa quarta-feira (7). O que pode ser adiado para amanhã são as conclusões dos advogados.
Sessão está durando mais que o previsto. Ainda não foi confirmado que o julgamento seguirá nesta quinta-feira (8), mas uma sala já foi reservado para o mesmo horário de hoje.
- Daniel Alves acompanha os vídeos de forma atenta.
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- Todas as pessoas na sala do tribunal estão em silêncio enquanto assistem aos vídeos.
- Em um dos vídeos é possível escutar o choro de uma mulher. Daniel Alves baixa a cabeça e não olha para a tela.
- O tribunal está vendo agora o vídeo da câmera da sala VIP da boate Sutton.
- Daniel Alves troca de lugar com o policial para poder ver melhor os vídeos.
- Imprensa que está no local não consegue ver os vídeos que estão sendo transmitidos no julgamento pelo circuito interno de TV.
- Sessão reiniciada, Daniel Alves volta para a sala de julgamento.
- Na volta do recesso, duas horas de vídeos devem ser assistidos. Daniel Alves fala na sequência.
Existe a possibilidade do julgamento não terminar hoje, só amanhã.
- Tribunal entra em recesso.
- Especialistas dizem que em função da ingestão de álcool, pode ter havido um prejuízo significativo na capacidade de desinibição e um ligeiro prejuízo cognitivo.
- Especialista falam que Daniel Alves estava apático e preocupado e que não havia transtorno de personalidade ou psicopatologia.
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- Falam agora dois especialistas que analisaram o estado psicológico de Daniel Alves.
- Terminam os testemunhos dos cinco peritos forenses.
- Peritos forenses relatam que a alegada relação sexual não foi particularmente traumática.
- Legista diz que não foi encontrado resto de sêmen na vítima, pois provavelmente não houve ejaculação.
O DNA é compatível com o agressor segundo o legista.
- Fala agora um médico legista.
Os peritos explicam que a menina se sentia culpada e que isso é um sinal claro de alguém que é vítima.
- Peritos forenses dizem que a denunciante ficava muito nervosa quando ouvia alguém falando em português, o que indicaria estresse pós-traumático.
- O psicólogo, Dr. Mateu, diz que não existem evidências de que a denunciante estaria simulando os sintomas.
- Uma outra médica, Blanca Navarro, disse que se tivesse conseguido fazer um exame psicopatológico, é evidente que ela teria feito mais do que uma pergunta.
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- Psicólogo explica que os médicos pediram que ele fizesse uma entrevista e um exame psicológico complementar e também para realizar alguns testes de personalidade e impacto do trauma.
- Na entrevista que fez com o psicólogo forense, a suposta vítima manteve a postura e o tom emocional, mas manteve uma certa ansiedade cognitiva. Quando falava dos acontecimentos demonstrava maior fragilidade.
“Se há ou não lesão, não podemos dizer se é consensual ou não. Não podemos fazer essa comparação”, explicam os peritos.
- Os peritos dizem que não havia lesões vaginais na denunciante.
- Denunciante contou aos peritos que recebeu beijos no pescoço, que queria ter ido embora, mas não conseguia.
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— Quando ela chegou estava com um sentimento de medo. Com uma certa tensão, havia lágrimas ao contar o que aconteceu, mas ela parecia uma menina coerente e educada que explicava as coisas como as havia vivenciado — relata um dos peritos.
- Os cinco peritos forenses, que realizaram diversos exames médicos, são convocados para testemunhar.
- Nem defesa, nem acusação e nem o Ministério Público fizeram perguntas à médica.
- A primeira testemunha é uma médica do Hospital Clínic de Barcelona, onde a suposta vítima foi examinada.
- Quatro especialistas participarão desta terceira sessão do julgamento de Dani Alves.
Daniel alves chega para o terceiro dia de julgamento, escoltado por cinco policiais. Jogador está algemado, usando óculos e suéter branco de gola alta.
- Uma grande quantidade de profissionais de diferentes veículos de comunicação estão presentes no local. O barulho é tão intenso que as autoridades pediram para que se diminuísse o tom.
- Os advogados, tanto de defesa e acusação, já estão no tribunal.
- Daniel Alves deve retornar à prisão Brians 2 depois do final do julgamento enquanto aguarda a sentença.
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- Neste terceiro dia, além do depoimento de Daniel Alves, devem ser apresentadas as provas periciais, além das conclusões dos advogados de acusação e defesa.
- Novamente, a imprensa só poderá acompanhar o julgamento através do circuito interno de televisão do Tribunal, sendo proibido fotografar ou filmar dentro da sessão.
- Segundo a imprensa espanhola, tudo indica que a sentença do jogador, mesmo sem prazo para ser divulgada, deve sair em cerca de um mês.
- Familiares de Daniel Alves já estão no Tribunal de Barcelona. Os dois primeiros dias de julgamento começaram com minutos de atraso.
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Daniel Alves: As primeiras imagens do jogador em julgamento por estupro em Barcelona
Julgamento de Daniel Alves: entenda como ele vai acontecer
*Pablo Brito é estagiário sob supervisão de Diogo Maçaneiro