Se tem um time no Brasil que pode se considerar o dono do pedaço em seu próprio quintal, chama-se Joinville Esporte Clube. Já faz quase dez meses que ninguém bate o JEC na Arena. Quando perdeu pela última vez, para o Avaí, em julho do ano passado, a equipe de Hemerson Maria ainda não era campeã da Série B nem havia levantado a taça do Catarinense. São 24 partidas sem derrota.

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É tanto tempo que, hoje, o Tricolor ostenta a maior invencibilidade dentro de casa entre os adversários da Série A. Liderança que pertencia ao Corinthians até o tropeço no meio da semana contra o Guaraní, na Libertadores.

A manutenção desse retrospecto também estará em jogo neste domingo, às 18h30, contra o Palmeiras. Mas, pela primeira vez em mais de uma década, cadeados estarão nos portões do estádio enquanto a bola rola.

Torcedor nenhum será bem-vindo porque o Joinville cumpre uma punição devido ao episódio do jogo contra a Ponte Preta, ano passado, na Série B – o entendimento foi de que o sistema de som da Arena desencadeou uma confusão na torcida visitante.

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Ou seja, a estreia do JEC em casa após 28 anos distante da elite será marcado pelo silêncio das arquibancadas.

-Fica esquisito. Trabalhei no Red Bull, que não tem torcida, apesar da estrutura. Nós jogamos um clássico, contra o Audax, com 120 pessoas. Fica estranho, mas é uma experiência nova. Aumenta a nossa responsabilidade de ter intensidade mental. Temos de fazer de conta que o estádio está lotado, a motivação precisa ser a mesma – cobra o técnico Hemerson Maria.

No lado adversário, até o técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, criticou a punição por diminuir o espetáculo. O treinador do Verdão ainda reconheceu que se sentiria prejudicado caso tivesse de comandar o time em casa com os portões fechados.

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– É constrangedor um espetáculo do Brasileiro ter de ser jogado com portões fechados. É muito diferente para nosso time, não passamos por isso ainda. Já vivi uma vez e fica um jogo frio e diferente. A participação do torcedor é fundamental. Se pudesse existir outra punição seria mais interessante. Se fosse na nossa Arena, com certeza nos sentiríamos prejudicados – comentou.