Presidente de poucas viagens pelo país até o momento, Michel Temer pretende intensificar o roteiro Brasil afora nos próximos meses. A escolha do Rio Grande do Sul como primeiro destino de 2017 não foi por acaso – peemedebistas catarinenses já discutem eventuais agendas do presidente no Estado. Depois de priorizar São Paulo no alvorecer de seu governo e de passar pelo Nordeste em dezembro, o peemedebista desembarca no Sul com anúncio de apelo popular: a entrega de ambulâncias para municípios. Antes, a passagem mais destacada pela região ocorreu no velório coletivo da Arena Condá, em Chapecó. A ida a Esteio (RS) tenta turbinar a agenda positiva do governo, ofuscada no início de janeiro pelas chacinas em cadeias de Manaus (AM) e Boa Vista (RR). Empenhado em melhorar a imagem, Temer foi aconselhado a se expor mais, a mirar para fora das paredes do Congresso e de eventos com empresários engravatados. Em breve, o presidente irá a Estados do Centro-Oeste para entregar títulos de propriedade a assentados da reforma agrária. É salutar que, ainda no recesso parlamentar, o peemedebista deixe a clausura de Brasília. Para quem chegou ao Planalto depois de um impeachment, sempre traumático, passou da hora de encarar eventuais protestos e de compartilhar a atenção centrada na Câmara e Senado com aqueles que sofrem com os infortúnios do dia a dia. É o que se espera de um presidente da República.

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Pente-fino

O pente-fino do INSS no auxílio-doença e pensão por invalidez recomeça na próxima segunda-feira. O governo Temer editou nova medida provisória para retomar as perícias – foram quase 21 mil até outubro, com economia de R$ 220 milhões.

Perícias no INSS

Nos próximos dias, o INSS fará um levantamento dos segurados cujos benefícios serão revisados, a fim de reagendar as perícias. No Brasil, 530 mil beneficiários do auxílio-doença que estão há mais de dois anos sem perícia terão de passar por nova avaliação médica.

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Gaveta

Quase quatro anos depois da tragédia da boate Kiss segue engavetado o projeto que atualizaria a legislação de combate e prevenção a incêndio no país. A Câmara não tem previsão de votar em definitivo a Lei Kiss.

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