O presidente interino Michel Temer usou a maior parte do seu breve discurso na cerimônia de posse do novo ministro da Transparência, Torquato Jardim, nesta quinta-feira, para elogiar o trabalho do Congresso e reforçar o pedido de apoio dos parlamentares.

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— Hoje estou fazendo 20 dias de governo ainda interino e tive a oportunidade de ver a Câmara e Senado trabalhando ativamente, algo que não ocorre há muito tempo — afirmou o peemedebista.

Ao dirigir-se a Torquato, Temer exaltou as qualidades do ministro, disse que ele possui um currículo invejável e até fez uma brincadeira, afirmando que tinha “inveja”, pois o jurista viajou o mundo para dar palestras.

— Eu não tive essa honra — comentou.

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Temer desejou sucesso ao novo ministro, alçado ao posto após Fabiano Silveira deixar o cargo, na última segunda-feira, com a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

— Torquato, vá em frente, ajude esse governo porque acho que nós merecemos esse apoio para tirar o país da crise extraordinária — afirmou.

Em seu discurso, o ministro chegou a se emocionar ao destacar a democracia brasileira e citar que seu pais não tiveram a oportunidade de viver em regime democrático. Torquato ressaltou que enfrentará os desafios da pasta “sob o manto da Constituição”.

Na cerimônia, o presidente interino chegou a pedir uma salva de palmas pelo trabalho dos deputados, que na madrugada desta quinta-feira aprovaram o projeto de Desvinculação de Receitas da União (DRU).

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— Foi um apoio indispensável ao Poder Executivo — completou.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a DRU até 2023. Em uma demonstração da força da base aliada de Temer no Congresso Nacional, a matéria foi aprovada por 334 votos a 90 — mais do que os 308 votos mínimos necessários para aprovar uma PEC na Casa. Houve ainda duas abstenções.

Temer lembrou a aprovação da meta fiscal, que ocorreu na semana passada.

— Temos tantos outros projetos pela frente e vamos precisar da Câmara dos Deputados — afirmou.

Segundo ele, o apoio ao Executivo também é importante para “revelar aos olhos da população” a integração entre os Poderes.

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