O vice-presidente Michel Temer defendeu, nesta quinta-feira, em Curitiba, as investigações da Operação Lava-Jato. No entanto, o peemedebista ponderou que a força-tarefa não pode paralisar o Brasil.
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— A Operação Lava Jato é uma prova de que nossas instituições estão funcionando. É uma questão do Judiciário e temos que esperar a apuração dos eventos. Mas é importante que as investigações não paralisem o país — respondeu Temer ao ser questionado sobre as denúncias de corrupção levantadas contra setores do governo federal, inclusive contra peemedebistas.
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Em campanha para reeleição à presidência do PMDB, o vice iniciou nesta quinta, na capital paranaense, uma série de visitas que fará aos diretórios estaduais do partido para costurar apoios à sua recondução ao comando da sigla.
Como principal discurso para convencer os peemedebistas de sua recondução, Temer traz a proposta de lançar o máximo de candidaturas próprias nas eleições municipais deste ano para construir um candidato próprio à Presidência da República em 2018.
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— As eleições de 2018 passam pela disputa de 2016 — disse.
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Em meio à crise política enfrentada pelo Planalto, o vice-presidente evitou falar sobre seus atritos com a presidente Dilma Rousseff.
— O momento é de buscar a unidade em todo o país. Estamos propondo uma pacificação nacional. Acredito que a presidente Dilma deve buscar o mesmo com a reunião do conselho que está sendo realizada nesta quinta-feira — afirmou.
Para os militantes, Temer usou a emblemática expressão “quem manda no PMDB é o PMDB”, para explicar a continuidade da aliança com o governo do PT.
— O PMDB sempre foi um partido construído pela base e estamos provando isso neste momento — declarou.
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O peemedebista enfrenta uma ameaça de rebelião dentro do partido e várias lideranças afirmam que não vão apoiá-lo para um novo mandato como presidente da sigla na convenção nacional, marcada para março. No Paraná, no entanto, Temer recebeu o apoio unânime dos peemedebistas. O senador Roberto Requião, presidente da legenda no Estado, diz não ter dúvidas.
— O Paraná está fechado com o Temer — afirmou.
Depois de Curitiba, o vice-presidente seguiu para Florianópolis.