A arrecadação de Santa Catarina no mês de setembro está sendo pior do que agosto, segundo os primeiros relatos feitos pela Secretaria da Fazenda. Com isto, os níveis de apreensão do governo estadual começam a entrar próximos do desespero, sobretudo na perspectiva de 2017.
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Preocupação que se acentua não só no Estado. Reunido em São Paulo segunda-feira, o governador Raimundo Colombo ouviu queixas maiores dos colegas Geraldo Alkmin, de São Paulo, e Beto Richa, do Paraná. Ambos estão vendendo o que podem para melhorar a receita pública. O paulista fechou empresas e vendeu até os aviões. O paranaense vem cortando gastos com órgãos públicos e contratos.
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Os três se queixaram da lentidão com o ajuste fiscal e com as reformas previdenciária e trabalhista. Avaliaram, inclusive, que a questão do ajuste das contas públicas tem relação direta com as mudanças radicais inadiáveis e necessárias na lei da Previdência e na legislação do trabalho.
A reforma previdenciária estancará a sangria que ameaça inviabilizar o pagamento de pensões e aposentadorias a milhões de brasileiros, enquanto a trabalhista é considerada vital para incentivar o aumento de emprego no mercado de trabalho. Com a lei jurássica que vem da época getulista, empresário que pode comprar máquinas evita a contratação de novos empregados, tal o custo financeiro, as obrigações sociais e até as despesas futuras com processos na Justiça do Trabalho.
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Temer só tem uma bala na agulha. Ou dispara logo ou o futuro se torna imprevisível.