Em Joinville, a cidade mais industrializada de Santa Catarina, é o cavalo Pingo que leva um casal de eleitores para o local de votação neste domingo (29). O trajeto de cerca de uma hora entre o sítio, em Porto Salvador, e a escola Ada Sant’Ana da Silveira, no bairro Paranaguamirim, é feito de carroça.
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O casal explica que foi votar cedo, para evitar que o animal sofra por causa do sol. Para Geovana Almeida Camargo, de 47 anos, o ato de votar é muito significativo, principalmente porque as mulheres nem sempre tiveram esse direito.
— A gente se criou vendo os avôs e pais votando. Quer dizer, eles né? Na época as mulheres não votavam, e isso melhorou muito a vida da gente. Então tem que ter esperança na política — afirmou Geovana.

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Sem carro próprio, a funcionária terceirizada de uma empresa de limpeza conta que só consegue ir trabalhar porque o marido, o reciclador de 46 anos, Adilson de Borba Cardoso, a leva de carroça até o ponto de ônibus. Por isso, o cavalo Pingo é muito importante para eles.
— A gente sabe que um carro facilita a vida, mas tem gente em situação muito pior: não tem nem carroça nem emprego — observou.
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Eleições em Joinville
As eleições em Joinville começaram tranquilas neste domingo, e idosos elogiaram a organização dos locais de votação. Ao contrário do que aconteceu no primeiro turno, quando a cidade que tem o maior número de eleitores do Estado, com um total de 403.526 pessoas aptas a votar, havia registrado aglomerações.