Meu Deus, já é Natal de novo! Este ano passou voando, comentou a senhora que descia a escada rolante do shopping na minha frente, ao perceber que algumas lojas já começam a enfeitar suas vitrines para a chegada do Papai Noel. Parece que esta é a impressão de todo mundo: o ano está cada vez mais curto, ou, então, somos nós que andamos cada vez mais atarefados e nem percebemos o tempo passar. Como o calendário dos anos é sempre igual (com exceção dos bissextos), a conclusão é de que a vida vem mesmo atropelando nossos dias, mal nos dando tempo de respirar.
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Mas será que precisa realmente ser assim? Ser escravo do tempo é a única alternativa que temos? Há quem garanta que não, e que muito da culpa desta correria toda é exclusivamente de cada um de nós. Tathiane Deândhela é mestre em Liderança e especialista em Gestão do Tempo, com cursos na Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo. Ela diz que entender que somos nós que estamos no controle do tempo e não o inverso é o melhor caminho para fugir desse distúrbio conhecido pelos cientistas como doença da pressa. E que o segredo para levar qualidade às nossas horas, dias, meses e anos está em uma única palavra: organização.
É inegável esta sensação de que, cada vez mais, o tempo parece mais curto, e segundo Tathiane, para muitos ele realmente é. O problema, diz ela, é que as pessoas assumem compromissos além do que podem e se perdem na conta de quantas horas tem o dia e quantas delas devem, de fato, ser despendidas em atividades obrigatórias como estudo e trabalho. Praticamente sem tempo para o lazer e o ócio, as pessoas acabam se tornando altamente estressadas, ansiosas e cansadas física e emocionalmente. Consequentemente, a produtividade baixa e, claro, a sensação de que lhe faltam horas em seus dias é cada vez maior.
A coach faz uma pergunta instigante: Você é feliz da forma com que gasta suas horas? Segundo ela, um adulto para ser saudável e, consequentemente, feliz, precisa no mínimo de 7 horas de sono por dia. Para que isto seja possível, é preciso que este indivíduo passe por um processo de desaceleração da rotina, antes do sono, que envolve pelo menos duas horas livres que devem ser gastas em lazer ou mesmo com o ócio, afinal, fazer nada também é bom. Quantas pessoas conseguem fazer isso? O conselho da especialista é de que se faça uma distribuição melhor do tempo durante cada 24 horas. Ele vale muito e só quem poderá definir o quanto é você mesmo. Aos poucos, você perceberá como a qualidade de vida faz diferença neste processo, afirma. Uma boa reflexão para iniciarmos a semana.
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