Torcida vibrante e extasiada com a conquista de Teliana Pereira na quadra de saibro do Costão do Santinho, em Florianópolis. A cena de 2015, quando a alagoana radicada em Curitiba fez o público catarinense comemorar a conquista dela o WTA de Floripa, a tenista espera repetir nos dias 7 e 8 deste mês. A quadra da conquista mais marcante da carreira da atleta será a mesma que vai abrigar os jogos do confronto Brasil x Alemanha pela Fed Cup, equivalente a Copa Davis, disputada pelas mulheres.
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Teliana tem Florianópolis no coração por conta do troféu e vai contar com outras quatro compatriotas no embate com as alemãs. Gabriela Cé, Carol Meligeni, Laura Pigossi e Luisa Stefani foram o time brasileiro, que tem Roberta Burzagli como capitã. O confronto da Fed Cup tem até cinco partidas – vence a equipe que ganhar três primeiro. São dois jogos de simples na sexta-feira, seguidos por dois de simples no sábado, com as duplas para encerrar o duelo. Antes serão sorteados os jogos, quando as capitãs definem as atletas que irão se enfrentar.
Ainda em Curitiba, antes da vinda para Floripa, Teliana estava ansiosa. Pudera, não se trata apenas de voltar à quadra do Costão do Santinho e com torcida a favor. Em 2015, ela venceu uma alemã na final – Annika Beck, por 2 sets a 1, parciais de 6/4, 4/6 e 6/1 e em um jogo emocionante. A atmosfera de agosto de 2015 está bem viva na lembrança da tenista.
– Eu tinha acabado de ganhar o WTA em Bogotá (Colômbia, meses antes), primeira grande conquista, já tinha sido inesquecível. Mas em Florianópolis foi especial por vários motivos: era em casa, na quadra do Guga (Kuerten, que estava na torcida) e foi a conquistei um título tão grande diante da minha família, o que tornou ainda mais especial – relata, que lembra de outros ingredientes que fizeram da celebração em Floripa tão marcante em sua vida e carreira.
– Eu vinha de uma condição não muito boa, havia me retirada de um torneio dias antes por causa de muita dor no joelho. Cheguei achando que nem conseguiria jogar; Mas foi melhorando, fiz um jogo bem duro na primeira rodada, foi dramático, mas venci e tudo me dava sorte. Mesmo tendo ficado doente no meio do torneio. Cheguei na final achando outra vez achando que não teria condição de jogar. Quando ganhei lembrei de toda a superação, de estar dante da torcida brasileira que fez muito barulho e uma festa grande – rememora Teliana.
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O saibro do Santinho pode significar motivação para retomada na carreira. Aquele foi o melhor ano da carreira da tenista. Chegou a 43ª posição no ranking mundial e fechou 2015 na 45ª colocação. Em 2018 terminou no número 629, no ano seguinte saltou para 375 e quer continuar em escalada em 2020.
– Vale pelo menos para sentir aquela energia boa, que te faz sentir bem. Tive problemas de lesões, jogava e machucava. Mas estou saudável. Voltar em local especial pode ser mágico, minha expectativa é lutar o máximo naquela quadra. Estou treinando bem e não foco nos resultado, para não criar expectativa. Estou focada em trabalhar e evoluir – determina.