O telhado que desabou no início deste mês na rua Guanabara passou por vistoria em Joinville. O laudo deve apontar a causa do acidente e ainda verificar se há riscos existentes para os moradores ou se a casa precisará ser demolida.
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Durante o acidente, irmãos gêmeos estavam dentro do imóvel. Um deles, Anderson Andrade, 36 anos, morreu após ser soterrado pelos escombros.
De acordo com o engenheiro Gilberto Luis, especialista em engenharia de estruturas e patologia de obras, o tipo de acidente ocorrido na casa é bastante grave, porque acontece de forma brusca sem que os moradores possam perceber qualquer evidência de comprometimento à segurança.
Diferente do que acontece com as lajes e vigas comuns — que são apoiadas em duas extremidades —, as lajes em balanço — onde não tem apoio na extremidade mais distante da estrutura — podem romper de forma abrupta, sem grandes deformações, fissuras ou vibrações. Este tipo de cobertura pode ser encontrado em grande parte das marquises espalhados por Joinville, por exemplo.
Ainda de acordo Gilberto Luis, a laje pesava mais de dez toneladas. Como ocorre de maneira repentina, ele alerta para a importância da análise de um especialista naquele tipo de estrutura para evitar acidentes como o desabamento.
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O engenheiro explica que as estruturas envelhecem e, assim, a resistência também diminui. Se elas não foram adequadamente executadas e não forem submetidas a atividades de manutenção corretas, para evitar infiltrações, fissuras e ataques químicos, as consequências deste envelhecimento podem causar estes acidentes.