“Televisão tem de emocionar”, diz Hans Donner no Festival Mundial de Publicidade

Um dos designers mais conhecidos do mundo, autor da identidade visual da Rede Globo e de dezenas e aberturas de programas e novelas que fazem parte hoje do imaginário de milhões de brasileiros, Hans Donner chegou ao 20° Festival Mundial de Publicidade se apresentando como marido da Globeleza.

Bem humorado, o alemão, radicado no Brasil desde 1975, falou para profissionais e estudantes do mercado publicitário sobre paixão e sonho no painel sobre TV aberta realizado no final da manhã desta quinta-feira.

– Tive ideias na década de 1970 que só pude colocar em prática muitos anos depois quando surgiu a tecnologia para transformar os sonhos em prática. O tempo contribui para quem sabe esperar – disse, ao ressaltar que a criatividade deve andar em ritmo mais avançado que a tecnologia.

Confira a programação do Festival Mundial de Publicidade

Donner falou sobre as diferenças de fazer televisão em várias partes do mundo ressaltando o privilégio que é trabalhar no Brasil, um país que permite cultivar as emoções e que mantém unido uma audiência muito plural.

– Televisão tem de emocionar. Não quero falar para 60,600 pessoas. Quero falar para 6 bilhões – conta.

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O consultor de marcas Peter Field, que também participou do painel, ressaltou a importância da TV para consolidação das marcas.

– Existe um mito entre os jovens publicitários de que é preciso comunicar para públicos específicos. Isso não é verdade. É preciso alcançar também os futuros clientes e não apenas aqueles que vão comprar seus produtos agora – disse.

O pesquisador inglês comparou mais de 1500 anúncios no Reino Unido e Austrália para comprovar que investir na valorização das marcas funciona mais para aumentar as vendas das empresas em longo prazo do que campanhas promocionais.

*Zero Hora