Os responsáveis pela conta do aplicativo Telegram no Twitter afirmaram nesta terça-feira (11) que não há indícios de que o programa usado pelo ministro Sérgio Moro e por procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato tenha sido diretamente hackeado.

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A discussão em torno da segurança do Telegram começou depois que o site The Intercept divulgou uma série de conversas atribuídas a Moro e aos procuradores, incluindo o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Nas mensagens, há indícios de que o ministro, que era o juiz responsável por julgar os casos da operação, tenha atuado em conjunto com os investigadores, inclusive antecipando ao menos uma decisão que seria tomada.

A resposta do Telegram veio após o questionamento do editor do site Duplo Expresso, Romulus Maya. Citando uma reportagem que falava sobre o caso, ele disse que estava tentando falar com os responsáveis pela conta por meio de uma mensagem direta. Em vez de responder apenas a Maya, a empresa acabou se manifestando em mensagem aberta a todos os usuários.

Conforme o Telegram, se as conversas forem realmente verdadeiras, há duas hipóteses para que os dados tenham sido obtidos. A primeira seria uma infecção de vírus nos aparelhos usados pelas pessoas citadas na reportagem. Esse problema seria causado por um vírus do tipo malware. Esse vírus pode ter sido adquirido por meio de outros aplicativos que não sejam o próprio Telegram.

A segunda possibilidade é de que os usuários tenham deixado de programar no aparelho a verificação em duas etapas, que aumenta a segurança dos dados, dificultando o acesso às mensagens. Para que essa situação não se repita, a empresa divulgou um link ensinando como os usuários podem programar essa função no aplicativo.

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Segundo eles, é mais crível que os aparelhos usados por eles tenham sido atacados por algum vírus ou que os usuários não tenham usado um bloqueio específico para proteger as mensagens que trocavam.