Está difícil falar com o surfista catarinense Teco Padaratz. O homem não pára desde que conseguiu a licença que faz dele o responsável pela etapa brasileira do World Championship Tour (WCT), a divisão de elite do circuito mundial de surfe profissional. Finalmente, após quatro anos de planos e expectativa, o atleta vai realizar o sonho de organizar uma prova com 100% de mobilidade pelo litoral de Santa Catarina.

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São Francisco do Sul, Florianópolis e Imbituba são as três sedes da competição que será disputada nas melhores ondas que vierem entre os dias 27 de outubro e 4 de novembro deste ano.

– O WCT é nosso – vibrou Padaratz, licenciado do WCT no Brasil pelos próximos quatro anos.

É ele quem se responsabiliza pelo pagamento da taxa de US$ 50 mil à Associação dos Surfistas Profissionais (ASP). Nos últimos 15 anos, a licença esteve no Rio de Janeiro, mas tudo começou na Praia da Joaquina, quando o empresário Alfio Lagnado bancou o retorno do circuito mundial de surfe ao Brasil com o histórico Hang Loose Pro Contest, em setembro de 1986.

O mundial ficou em Santa Catarina por mais dois anos, antes da transferência de sede para o Rio. Com 15 anos em 1986, Teco era só uma promessa para o surfe brasileiro. Dezessete anos depois, consagrado como um dos melhores surfistas do mundo, Teco quer fazer do WCT em Florianópolis uma nova proposta de campeonato para o circuito mundial.

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– Será uma competição idealizada pela cabeça de um surfista, vou poder usar minha experiência no tour para fazer o campeonato ideal – disse Padaratz, que tem como parceiro o amigo Xandi Fontes, presidente da Federação Catarinense de Surfe (Fecasurf).

Teco atribui ao trabalho de Xandi Fontes na organização das etapas válidas pelo World Qualifying Series (WQS) Não foram só os surfistas brasileiros que aprovaram a mudança de sede da etapa brasileira do WCT. Os estrangeiros que, ao lado de Teco Padaratz, têm direito de voto na ASP aplaudiram de pé a unânime vitória de Santa Catarina em substituição ao Rio de Janeiro.

– Ficamos felizes com o respeito e a credibilidade que o surfe conquistou, realizando campeonatos bem organizados nos últimos anos. Muda o governo e o apoio ao surfe permanece – afirmou Xandi Fontes.