Um ensino padronizado, fragmentado em disciplinas e preocupado apenas com a transmissão de conteúdo é o retrato de um passado que ainda domina o cotidiano das escolas brasileiras. A desconexão entre o modelo e a realidade dos alunos acaba se manifestando no baixo desempenho do aprendizado, abandono dos estudos e frustração dos professores. No Brasil, 5 milhões de jovens de 5 a 17 anos estão nas escolas e pouco mais da metade chegará ao final do ensino médio.
Continua depois da publicidade
Ontem, o assunto foi debatido durante o almoço-debate do Lide Santa Catarina, em Florianópolis, com a presença do empreendedor Claudio Sassaki, co-fundador da Geekie, uma das empresas de educação mais inovadoras do Brasil, e de Ricardo Fristche, co-fundador da startup catarinense Meritt, voltada para a análise de dados e estatísticas em educação.
– É comum culpar o aluno pelo desempenho ruim. Muitas vezes, o problema é que a forma ensinada não é a mais adequada para ele – diz Sassaki.
Negócios com foco social
A Geekie, empresa fundada por ele, trabalha com planos de estudo direcionados para cada aluno – pelo menos 3,1 milhões de estudantes do ensino médio já testaram a plataforma. Na prática, os estudantes conseguem um desempenho até 30% superior com o uso da ferramenta.
Continua depois da publicidade
O catarinense Ricardo Fritsche é fundador da QEdu, uma plataforma de análise e visualização de dados que oferece alternativas para a educação de outra maneira: ajuda a diagnosticar problemas e encaminhar soluções.
– Muitas vezes, o diretor desconhece a realidade da escola que ele está gerindo. Com acesso aos dados, ele pode identificar onde estão as maiores lacunas de aprendizado e desenvolver um plano de ação – diz Fritsche.