O caso do sequestro da engenheira Carolina Luisa Vieira, que foi acompanhado em tempo real pelo Facebook, levantou um debate sobre o uso das redes sociais. Afinal, de que maneira a tecnologia pode contribuir ou atrapalhar a investigação de um crime? Hoje, soluções simples podem informar o local exato de onde você está, seja pelo rastreamento do celular ou do veículo, basta saber utilizar estes recursos a seu favor.

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Por meio da tecnologia de localização via Global Positioning System (GPS), os rastreadores de veículos ou celulares permitem que qualquer pessoa possa ser rastreada com bastante precisão. O sistema consiste em vários satélites que emitem sinais de radiofrequência, em antenas espalhadas pelas cidades, dando a posição exata no mapa. Para quem não entende muito de tecnologia, o modo mais simples de montar uma rede de rastreamento com integrantes da família ou amigos é via celular e sem nenhum custo adicional.

Fabricio Bortoluzzi, mestre em Ciência da Computação, dá um exemplo que utiliza com a mulher. O casal tem iphone e ambos sabem o login e a senha de cada um. Se a mulher de Fabricio fosse sequestrada, por exemplo, ao perceber seu desaparecimento e que ela não atende ao celular, ele acessa o site www.icloud.com, coloca o login e senha e localiza onde está o celular dela com informações exatas como nome da rua e pontos de referência.

– A pessoa que está desaparecida não precisa estar conectada à internet, mas é essencial que esteja com o celular ligado – explica.

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Fabricio também sugere que para alimentar ainda mais a polícia de informações em casos de sequestro, se a vítima estiver em condições de falar com o bandido, ela deve entregar seus cartões de crédito e até o incentivar que utilize, afinal, todas as movimentações bancárias serão acompanhadas.

O professor de design gráfico Carlos Alexandre Aguiar diz que há no mercado uma gama altamente diversa de aplicativos à disposição dos usuários. O mesmo conceito do “Buscar meu iphone” também pode ser aplicado para carros. Empresas especializadas em rastreamento podem contribuir para a escolha.

Na Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), todas as buscas às vítimas e aos sequestradores sempre utilizaram recursos tecnológicos. O delegado Renato Hendges, responsável pela divisão, afirma que há inúmeros atalhos para rastrear.

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– Em todos os nossos casos de sequestros em sua grande maioria houve prisões, temos nossos meios que a cada dia vão se aprimorando, mas não podemos divulgar nem como nem quais – diz.