Ainda dando os primeiros passos no Brasil, o pagamento com dispositivos móveis está em estágio bastante avançado pelo mundo. Em países desenvolvidos, especialmente aqueles onde os consumidores são sedentos por novidades, como Coreia do Sul e Estados Unidos, o telefone celular substitui cartão de crédito, ingressos de teatro e até passe de metrô.
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Conforme a consultoria Gartner, o M-payment deve ter movimentado US$ 235,4 bilhões no ano passado, 44% a mais do que em 2012. A estimativa é de que 245 milhões de pessoas utilizariam smartphones e tablets para realizar compras, transferir dinheiro e fazer pagamentos com essa tecnologia. Outro levantamento, da Juniper Research, prevê que a movimentação chegue a US$ 670 bilhões em 2015.
– No Exterior, há uma regulação mais clara para o pagamento com celulares, e bancos e operadoras aceleraram os investimentos para oferecer alternativas aos clientes. Algumas ideias que começam a surgir no Brasil existem há anos lá fora – afirma Farlei Heinen, professor do curso de Engenharia da Computação da Unisinos.
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Celular como cartão
Nos Estados Unidos, o celular funciona para pagamentos. O cliente tem seus cartões cadastrados em um aplicativo. Ao fazer compras em supermercados ou lojas, por exemplo, pode quitar a despesa usando o smartphone. O vendedor digita a opção em uma maquininha, e o cliente recebe um SMS pedindo a senha do cartão. Informada a senha, a compra é concluída. Projetos pilotos já são realizados no Brasil na função crédito.
Vale um ingresso
Na Europa e nos Estados Unidos, é comum o uso do celular como comprovante para entrada em shows, partidas esportivas e nos aeroportos. Após fazer a compra do tíquete, o usuário recebe em seu smartphone um código de barras ou QR code. Quando chega ao local do evento, apresenta essa figura, que é lida por um dispositivo e permite a entrada. A tecnologia também é usada em aeroportos para o check-in, o que já começa a acontecer inclusive no Brasil.
Pagamento por aproximação
Na Coreia do Sul e no Japão, está se popularizado o pagamento por Near Field Communication (NFC). O cliente aproxima o celular de um equipamento, como os que recebem cartões de débito e crédito, e visualiza na tela um pedido de autorização para debitar na conta. O usuário dá ok e digita a senha para finalizar a compra. É necessário que tenha um smartphone com função NFC e instale o aplicativo que permite se comunicar com a rede do vendedor.
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Compra e uso de passagem
Na Coreia do Sul, o celular é bastante usado para comprar tíquetes e liberar o acesso ao metrô. O cliente compra os passes usando um aplicativo específico. Quando o passageiro atravessa a catraca, aproxima o celular de um dispositivo que faz o desconto da passagem. No Rio de Janeiro, um projeto piloto foi iniciado em outubro do ano passado nas linhas de ônibus, utilizando a tecnologia NFC.