Técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre realizaram, na manhã desta terça-feira, em Santa Maria, uma nova inspeção na boate Kiss, palco da tragédia que causou ao menos 238 mortes no dia 27 de janeiro.
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Após os trabalhos, que duraram cerca de quatro horas _ das 7h30min às 11h30min _, os integrantes da perícia limitaram-se a informar que não podiam prestar esclarecimentos sobre o que foi feito no interior da boate.
A vistoria, porém, tinha como objetivo identificar o ponto exato onde iniciou o incêndio após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira apontar um sinalizador para o teto da danceteria, onde estava instalada a espuma de poliuretano. A combustão do material é apontada pela Polícia Civil como a principal causa dos óbitos pela inalação de monóxido de carbono e ácido cianídrico.
Os peritos ainda vasculharam os escombros da casa noturna em busca de algum fragmento do “sputnik” ou algo que o teria deflagrado. A reconstituição do incêndio, em um primeiro momento, não ocorrerá.
Ainda no local, perto das 11h, agentes da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), saíram da boate com uma bolsa e um casaco que estavam na chapelaria da Kiss. A Defrec tentará, agora, identificar quem são os donos dos acessórios.
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– Em princípio, as perícias estão concluídas. Mas não é descartada que hajam novas perícias, caso surjam novos fatos e a Polícia Civil nos peça – afirma o engenheiro eletricista Osvaldo Betat.
A equipe que trabalhou no local contava com cinco técnicos especialistas em incêndio _ três engenheiros eletricistas, um engenheiro de materiais e um engenheiro civil.
Ainda trabalharam no local pelo menos 10 militares do Exército, que levaram um gerador, uma vez que a boate está sem energia elétrica.

