Técnicos da Diretoria de Infraestrutura Ferroviária (DIF), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estiveram em Jaraguá do Sul na semana passada, quando se reuniram com a prefeita de Jaraguá do Sul, Cecília Konell, e o secretário municipal de Urbanismo, Aristides Panstein.
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A visita foi o primeiro passo para a reativação do projeto do contorno ferroviário, que está no papel há 12 anos. Ficou definido ainda que na próxima viagem da prefeita a Brasília, ainda sem data, Cecília entregará à DIF um ofício solicitando a reativação do projeto.
Os profissionais aproveitaram a viagem para certificar o trecho previsto no projeto do contorno. Segundo Panstein, os 24 quilômetros previstos no projeto original elaborado pela empresa Prosul, protocolado em 2000 no Ministério dos Transportes, permaneceram intactos.
– Andamos em todo o trecho previsto no contorno que vai de Nereu Ramos até o limite do rio Itapocuzinho, no bairro Vieiras. Jaraguá do Sul cuidou bastante nestes anos todos para que não houvesse nenhuma interferência em termos de construções ou loteamentos ao longo do traçado -, informa.
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Apesar de o trecho ter permanecido inalterado, o projeto do contorno rodoviário, previsto na duplicação da BR-280, poderá conflitar com o ferroviário.
– Tudo precisa de um novo estudo. O projeto continua o mesmo, mas deverá passar por adequações. A BR-280 passará em lugares paralelos e em alguns até se cruzam -, aponta.
Para Diogenes Costa de Carvalho, engenheiro da DIF, Jaraguá tem um grande gargalo logístico, já que são mais de 20 passagens de nível no perímetro urbano. Segundo ele, o próximo passo para o contorno seria o Dnit tentar viabilizar a contratação de empresa para readequar o projeto. Este processo poderá ser via convênio ou direto com a Prefeitura, como foi feito no antigo projeto.
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O projeto ficou parado por causa de suspeita do Tribunal de Contas da União de superfaturamento. Em 2010, o Dnit voltou a abrir edital, mas foi suspenso por causa de uma irregularidade na participação de consórcios na concorrência. Na época, a revisão do projeto foi orçado em R$ 1,6 milhão e a obra, em R$ 100 milhões. O contorno estava previsto para entrar nos recursos no PAC.