Funcionários da Defesa Civil Estadual, da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) e da Polícia Militar Ambiental vistoriam, na manhã desta terça-feira, a área do Rio dos Correias em Tubarão, no Sul do Estado, que foi atingida por um vazamento de óleo na noite de segunda-feira.
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Por volta de 20h, um caminhão-tanque carregado com combustíveis tombou no km 340 da BR-101 e provocou o vazamento no rio. O curso de água desemboca na Lagoa do Camacho, em Jaguaruna, onde cerca de mil pessoas sobrevivem da pesca.
A carreta de um posto, com placas de Içara, trafegava no sentido norte-sul e tombou entre duas pontes. O condutor, Jader Mauro da Silva, de 45 anos, sofreu lesões leves e foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição. Como a carreta caiu no vão entre as duas pontes, o trânsito não chegou a ser interrompido.
Segundo o gerente da Defesa Civil, major Emerson Emerim, o caminhão transportava 30 mil litros combustível. A carga inclui 15 mil de diesel, 12,5 mil de gasolina e 2,5 mil de álcool. Pelo menos 10 mil litros de diesel e 5 mil de gasolina vazaram no rio.
Esta manhã, os técnicos já percorreram de barco mais de três quilômetros depois do local do acidente e, segundo o major, há vestígios do óleo por toda parte. Eles vão avaliar até onde chegou o vazamento.
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Segundo o major da Defesa Civil, já foi feito contato com as empresas que forneceram o combustível, que estão enviando técnicos ao local para fazer a retirada do veículo e providenciar os procedimentos de transbordo da carga e descontaminação no local, caso seja necessário.
Caso não consigam chegar à Lagoa do Camacho, a Defesa Civil vai solicitar o helicóptero da Polícia Militar para avaliar a extensão dos danos.
Na vistoria, a Defesa Civil e a Fatma também vão avaliar se o Rio dos Correias tem uma bifurcação e segue por outro rio, que vai para lagoa de Garopaba do Sul, e se o óleo também pode ter seguido para lá.
– Vai depender de como a bifurcação acontece para o direcionamento do óleo. É bem provável que tenha ido para os dois locais.
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Para ele, o óleo provavelmente já atingiu a Lagoa do Camacho. O major explica que não há captação de água no rio, mas que ele irriga plantações de arroz na região.
– Tem que ver até que ponto isso pode contaminar as plantações.
Mortandade
Segundo o técnico da Fatma Rudimar da Cunha, o vazamento pode provocar a falta de oxigenação da água e conseqüentemente a mortandade de peixes e plantas. A orientação é para que as pessoas não consumam pescados do rio até que o nível de contaminação seja avaliado.
– A gente não encontrou nenhum peixe morto ainda, isso é um bom sinal. Talvez a empresa consiga chegar a tempo e recuperar sem haver mortandade.
Multa
De acordo com Rudimar, a multa para a empresa responsável pela carga vai depender da extensão do dano ambiental e pode variar de R$ 500 a milhões de reais. O valor só deverá ser definido após a vistoria em toda a extensão da lagoa e do rio.
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