Os quatro casos de doping envolvendo ciclistas brasileiros na Volta de Santa Catarina, realizada em abril deste ano, fizeram o técnico da Seleção Brasileira de ciclismo, Claudio Diegues, se sentir traído.
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Foram flagrados por uso de eritropoietina (EPO), hormônio que aumenta os glóbulos vermelhos do sangue e provoca mais resistência, Alex Diniz, do Pindamonhangaba (SP), campeão da prova catarinense, Cléberson Weber, Alcides Vieira e Alex Arseno, os três da equipe Dataro, de Cordeirópolis (PR).
– Eu me senti traído e tenho certeza de que Hernandes (Quadri Júnior, técnico de Cordeirópolis e auxiliar de Claudio na Seleção) também. Fico chateado porque levei Alex Arseno para o Pan-Americano, em julho. Alex é campeão nacional e estava numa boa fase. Sempre tive uma conversa franca com todos sobre o uso de qualquer medicamento porque sabemos dos riscos. É uma notícia que nos traz muita tristeza -afirmou Claudio, em entrevista à ESPN Brasil.
Os casos foram revelados na sexta-feira pelo presidente da confederação brasileira, José Luiz Vasconcellos. A CBC aguardava ofício da União Internacional de Ciclismo para se pronunciar. Os atletas serão notificados nesta segunda-feira e terão um prazo de cinco dias para manifestarem o desejo de abertura ou não da contraprova. Em caso de omissão, serão considerados culpados e suspensos por dois anos.
Por causa do doping, Alex Diniz deve perder o título conquistado na Volta de Santa Catarina.
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