Até o ano passado, ele ainda estava em campo, mostrando o talento como jogador. Mas as seguidas lesões musculares o fizeram abandonar os gramados. Logo em seguida, foi convidado a assumir um cargo na comissão técnica do Operário/PR, onde encerrou a carreira. Um ano depois, foi efetivado pela primeira vez como treinador e conseguiu escrever o nome na história de um dos principais clubes catarinenses: foi campeão da Divisão Especial comandando o Marcílio Dias.
Continua depois da publicidade
Na terça-feira, enquanto esperava para definir o futuro dele no clube itajaiense, conversou com a reportagem, lembrando dos momentos como jogador e, principalmente, da campanha que levou o Marinheiro até o título.
Até o fechamento desta matéria, ele ainda acertava o futuro dele no clube. Apesar de demonstrar interesse em continuar o trabalho, a permanência ainda era incerta. O gerente de futebol do clube, José Carlos Goulart Júnior, afirmou que a definição ficou para esta quarta-feira, assim como a resposta oficial sobre a participação do time na Copa Santa Catarina. Independente disso, Foiani diz que, saindo ou ficando, considera ter cumprido o dever. Confira os principais trechos da conversa com o treinador.
União
Continua depois da publicidade
“Quando assumi como técnico, percebi que havia uma divisão bem clara. De um lado, os jogadores que vieram com o Paulo Turra e, de outro, os trazidos pelo Agenor Piccinin. Conversei com todos eles e deixei bem claro que não existia isso. No momento, todos eram jogadores do Marcílio Dias. Felizmente, todos assimilaram bem e conseguimos formar um grupo forte.”
Saída da parceria
“Quando a empresa (LA Sports) deixou o clube, pediu para que a gente saísse também. Eu e alguns jogadores. Mas nós entendemos que era a hora de ficar. Até porque ficaríamos em casa, sem clube. O melhor mesmo era ficar.”
Elenco grande
“Tínhamos 32 jogadores e nem sempre foi possível agradar todo mundo. Procurei sempre deixar claro que, se todos continuassem treinando forte, um dia a oportunidade de entrar em campo. E foi o que aconteceu quando perdemos quatro jogadores para o Caxias/RS. Conseguimos repor as peças sem comprometer o nosso estilo de jogo e a qualidade do time.”
Continua depois da publicidade
Eliminação
“Ficamos muito tristes com a eliminação na Série D. Acredito que tínhamos condições de subir também na competição nacional e não conseguimos nos classificar por pouco. Chegou um momento que estava sufocante disputar duas competições. Mas não foi isso que nos fez ser eliminado, pelo contrário. Conseguimos equilibrar bem as coisas.”
No Vietnã
“Cheguei lá em 2008 e joguei 13 meses no Hoa Phat (um dos principais clubes da capital Hanói). Foi um período de muito aprendizado, mais até do que para ganhar dinheiro. O idioma é muito difícil e só aprendi a falar o básico. Felizmente, tinha algumas churrascarias brasileiras e restaurantes italianos, porque a comida é muito diferente. Provei carne de cachorro e não gostei nem um pouco.”