Após disputar sua primeira partida oficial pelo Real Madrid e encerrar-se a janela de transferências, Manuel Pellegrini falou sobre seu time em entrevista ao jornal AS. O chileno de 55 anos foi contratado ao Villareal por 4 milhões de euros (10,8 milhões). Ele se diz orgulhoso de participar do projeto do Real Madrid e que já está preparado para a pressão:
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– Sempre haverá 50% a favor e 50% contra cada coisa que se faça. Assumo isto. Fui descansar para voltar con forças para este grande projeto. Digo que senti mais pressão quando cheguei ao Villarea, porque não queria falhar. No Madrid, tenho a pressão que eu mesmo me imponho, por poura exigência pessoal. Você chega e se encontra com Florentino Pérez, um presidente magnânimo que gasta 250 milhões (de euros, o equivalente a R$ 680 milhões) em contratações. Se contrata melhor com dinheiro ou com ideias?
Pellegrini fez muitos elogios a Raúl, titular da equipe aos 32 anos.
– Raúl vive em pessoa o que falei sobre o Madrid: haverá 50% a favor e outro tanto contra. Se o ponho de titular, diz-se que Raúl manda. Se não o ponho, asseguram que aceitei pressões de cima no clube. Conversei muito com ele neste verão, e é admirável sua paixão pelo futebol. Parece um menino de 18 anos. Eu lhe exijo o máximo e sempre responde em máximo nível. Quando joga, responde, e quando fica no banco, atua dentro do plantel como mais um. A motivação de Raúl é um exemplo para seus companheiros e para qualquer um que queira ser um jogador. É um luxo que, depois de haver ganhado tudo, tenha ambição por ganhar e alcançar objetivos. É uma maneira de sentir o futebol.
O técnico rejeita a ideia de que o experiente atacante, profissional do Real Madrid há 15 anos e maior artilheiro da história do clube, esteja atrapalhando companheiros como Cristiano Ronaldo.
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– Não quero ver Cristiano driblando o mesmo lateral durante os 90 minutos. Prefiro que tenha muita mobilidade. As pessoas têm que saber que ele joga onde mais gosta e onde é feliz. Cristiano gosta de jogar pelo lado esquerdo e com liberdade para movimentar-se por todas as posições no ataque. No Manchester, jogava assim. Não há mal-estar nenhum. Kaká também está encantado, assim como o resto do plantel, que se identifica com este modelo.
Ao defender seu esquema tático, Pellegrini garante que não será ofensivo demais para enfrentar um Barcelona veloz, por exemplo:
– Não são quatro no ataque, quero que sejam seis ou sete. Peço por obrigação jogar com perfil ofensivo, é uma ordem que imponho à equipe. Temos que aprender a defender com muitos poucos homens, sim ou sim. Não quero duas linhas defensivas de quatro, não gosto nada.