O Marcílio Dias enfrenta neste sábado, às 16h, o Avaí pela penúltima rodada do hexagonal do Campeonato Catarinense. O Rubro-anil precisa vencer para garantir a vaga na Série D do Brasileiro. Em entrevista, o técnico do Marinheiro, Guilherme Macuglia, falou sobre as estratégias para o jogo, avaliou o desempenho da equipe e despistou uma possível saída do clube.

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O que a equipe espera do Avaí sábado?

Na nossa visão, os caras vem numa sequência pesada como a nossa – Ibirama, Avaí, Brusque, Chapecoense, Juventus – e isso gera um desgaste grande, principalmente aos atletas de idade mais avançada. Nesta semana nós tentamos recuperar. Acho que o Avaí vai poupar alguém, porque é ruim perder um Cléber Santana, um Marquinhos, e aí já tem a estreia na série B. Ou eles pensam assim: bota pra jogar que não vai ter um rendimento físico, não vai acompanhar como nos demais jogos, e poupa semana que vem para o próximo jogo.

O Avaí não vinha tendo um bom aproveitamento dentro de campo e aqui no Hercílio Luz perdeu. Mas jogar na Ressacada é diferente. Você está confiante?

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A gente tem dificuldade contra algumas equipes em função dos nossos jogadores, mas contra o Avaí a gente consegue equilibrar. Eles têm jogadores mais cadenciados, mais de toque de bola, isso facilita pelos nossos também serem assim, como Harison e o Léo (Franco), que são de tocar a bola. O próprio Schwenck também, não são jogadores de pegada e de velocidade. Mas a gente sabe que lá (Ressacada) é difícil, eles estão mais confiantes pelos resultados, então normalmente se joga mais tranquilo. Nós precisamos da vitória. A gente vai lá para tentar trazer a decisão do hexagonal pra cá.

Por essa característica do Avaí, vocês têm treinado mais bolas paradas?

Semana passada treinamos muito esse fundamento de bolas paradas. A gente também mostra para eles em vídeo e eles assimilaram bem. Agora estamos evitando isso. Esse é um período também que os jogadores já estão no limite, fim de competição, a gente tem que ter muito cuidado.

O psicológico também interfere muito nessa etapa?

Foi difícil a gente chegar num momento, não digo bom, mas tranquilo, em função da necessidade de um ponto. O Brusque empatando ou perdendo a gente já fica (com a vaga na Série D). É difícil o Brusque conseguir a vitória, mas no futebol a gente não pode falar isso. Temos que matar o jogo pra conseguir o hexagonal. Apesar de o planejamento ter sido feito pensando na Série D, é importante para todos. Deixar um nome aqui, uma conquista, é importante até porque muitos querem ficar e outros querem voltar. Trabalhamos muito o psicológico em cima da conscientização e vou dizer que é difícil.

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Como você avalia o desempenho da equipe até agora?

O Catarinense é um campeonato duro e nós conseguimos fazer bons jogos contra clubes grandes. Pode-se dizer que o Marcílio já tem uma base e é o que eu digo para a direção, manter a base e ter continuidade. Essa é a ideia. Hoje tem jogadores que a torcida gosta, então tem que manter esses caras pro ano que vem não precisar sair contratando como a gente saiu. Foi coisa de doido contratar 28 jogadores.

Essa resposta teve tom de despedida. Sua ideia é permanecer no Marcílio?

Falamos com a direção, até para o bem do clube, sobre não falar em quem fica e quem vai até o último jogo. Os jogadores já estão perguntando, já ficam especulando, e a gente não quer perder o foco. Até porque todos têm contrato até dia 20. Se eu me sinto bem num lugar, prefiro não trocar. Mas posso te falar uma coisa hoje, talvez amanhã surja algo e a opinião mude.