A goleada da França sobre Honduras ficou marcada pelo histórico primeiro gol tecnológico em Copas do Mundo. O gol de Benzema, dado como contra para o goleiro Valladares, só foi confirmado pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci depois que o chip instalado na bola identificou que havia ultrapassado a linha do gol. Na entrevista coletiva, o técnico de Honduras, Luis Suarez, questionou o método:

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– Não estou chateado por terem dado aquele gol. O que me incomoda é o fato de a máquina não ter dado o gol logo de início, em um primeiro momento. Quando for gol, devo seguir qual determinação? Se tecnologicamente não fica claro. Se aquela bendita máquina disse não , depois disse sim, qual é a verdade?

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Mas Suarez não foi além. Sobre a derrota, admitiu as fragilidades de sua seleção e reconheceu que a equipe precisará melhorar para seguir sonhando com a classificação no Grupo E, que ainda tem Suíça e Equador.

– Não há nenhuma desculpa, eles foram melhores o tempo todo. Palacios foi expulso ainda no primeiro tempo, mas não farei qualquer consideração, pois ele já havia recebido o cartão amarelo – comentou Suarez.

Já o vencedor, Didier Deschamps, elogiou o desempenho dos “Bleus” e citou a estreia como “um início perfeito”. Sobre a polêmica da tarde, o gol validado a partir do uso da tecnologia, o treinador francês aifmrou, quase com desdém:

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– Trata-se de uma boa solução. O gol valeu. O árbitro recebe o sinal, é isso o que acontece. Só ficamos preocupados porque na tela mostrava uma imagem que não correspondia ao gol. Deve mostrar uma imagem que apóie a decisão do árbitro, o que não aconteceu.

Assim como Deschamps, Benzema, eleito pela Fifa o melhor em campo, não se mostrou muito interessado em debater o gol através do telão:

Ainda durante a coletiva, Didier Deschamps foi perguntado sobre a boa arrancada na Copa e se poderia haver uma relação com o Mundial de 1998, conquistado pela França, em casa, sobre o Brasil. O treinador, que na época era o capitão francês, não se mostrou muito confortável com a comparação.

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– Temos que dar valor à estreia, mas sem euforia. Foi apenas o primeiro jogo, nada mais do que isso. Temos alguns dias para saborear a vitória e pensar na Suíça – declarou Deschamps, um tanto seco.

O treinador francês ainda fez referência às arquibancadas. Citou o maior apoio a Honduras devido ao sentimento de latinidade do continente e agradeceu aos torcedores da França no Beira-Rio:

– A Copa é na América Latina. Logo, é natural que as equipes latino-americanas tenham um apoio maior no Mundial. Mas ficamos muito empolgados quando escutamos nossa torcida cantar a Marselhesa nas arquibancadas.

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A única baixa francesa na estreia em Porto Alegre foi o meia Paul Pogba, da Juventus. O jogador foi substituído no segundo tempo devido a dores no tendão do pé esquerdo e passa a ser dúvida para enfrentar a Suíça, no dia 20, em Salvador, na briga pela liderança da chave.