O treinador da Holanda, Van Gaal, comentou durante o Congresso Técnico da Fifa em Florianópolis o que espera encontrar na Copa do Mundo do Brasil. O técnico disse que sua seleção está bem diferente daquela que competiu em 2010. Entre outros assuntos, também falou a respeito das tecnologias que irão ajudar na arbitragem, além citar o desafio que será enfrentar Espanha (atual campeã do mundo), Chile e Austrália.
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Importância do evento
“Discutimos a regra do jogo. Há regras que mudaram, mas a maioria segue a mesma. Claro, a Fifa quer que seja um jogo fair play, não só no campo, mas com também com a tecnologia, com respeito entre treinadores, árbitros e jogadores.”
Holanda, o perdedor de maior sucesso das Copas
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“Obrigado por isso. Não há nada faltando para a Holanda. Sempre há uma “meta” de técnica, tática, preparação física, montagem de equipes. Normalmente, o melhor time vence, mas às vezes, no passado, nós vimos que decisões de alguns árbitros nem sempre foram boas. Agora, a Fifa está ajudando os juízes. Por exemplo, com o chip na linha do gol. É o primeiro passo, eu creio. É um trabalho difícil ser um ábitro atualmente, o jogo está mais rápido. Eu não acho que a Holanda está sentindo falta de nada, porque é possível ganhar e perder. Quando se perde para uma equipe melhor, você pode aceitar isso. Quando você é melhor e perde, ou quando o juiz erra, então você não pode aceitar. Nesse momento você tem que ter, de acordo com a Fifa, respeito. E eles estão certos com isso.”
Espanha, repetição da final
“Nessa partida será um outro time que estará em campo, pois eu trouxe muitos jogadores jovens e talvez eles joguem. Talvez jogadores como Van Persie e Sneijder estejam jogando também, mas nesse momento eu não posso garantir, pois ainda temos dois meses até a convocação. Minha política sempre foi ver se os jogadores estão em forma, bons de saúde, bons em espírito para participar da Copa.”
Van Persie, má fase
“Eu acho que ele será ótimo no Mundial. Ele ama jogar na seleção. Mostrou nas eliminatórias estar melhor que nunca. Ele é nosso artilheiro e eu espero que ele continue assim. No momento, o futebol do Manchester United é difícil para ele, mas a vontade de mostrar seu potencial com a Holanda é ainda maior. Eu talvez me beneficie com isso, nunca se sabe.”
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Mercado após Copa
“Eu tenho maior interesse no futebol inglês, pois já treinei na Espanha, Holanda e Alemanha. Acho que a Inglaterra pode ser o próximo passo para completar minha carreira. Como treinador, eu não posso dizer que vou para esse ou aquele time. Isso depende das oportunidades disponíveis.”
Após a Copa das Confederações, o Brasil é o único favorito?
“Não. Eu acho que Brasil e Argentina são os favoritos mais importantes porque na história das copas disputadas na América do Sul sempre houve um campeão sul-americano. Mas minha favorita é a Alemanha, porque a Alemanha tem os melhores jogadores e o Bayern de Munique joga bem, os jogadores estão juntos há dois anos, todos eles estão no auge da capacidade de jogo. Eu acho que a Alemanha será um rival duro para Argentina e Brasil.”
Espanha
“Sempre é boa. É preciso esperar se Vicente Del Bosque selecionará outros jogadores. Eu não sei. Mas a Espanha primeiro precisa passa pela Holanda, que é um adversário muito difícil.”
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Brasil
“Se eu for primeiro ou segundo do grupo, talvez tenha que pegar o Brasil. Nós estamos em um grupo com Espanha, que é um adversário difícil para a Holanda, Chile, que tem nossos amigos Vidal, Sánchez e Gutierrez, e depois temos que enfrentar a Austrália. É algo um pouco louco, mas a Holanda nunca venceu a Austrália.”
Jogar no Brasil
“Eu joguei com o Ajax há muitos anos em São Paulo. Foi um logo na neblina. Nunca fui a Porto Alegre, é frio nessa época do ano, o que é bom para os holandeses. Eu estive em Belo Horizonte na Copa das Confederações, então eu já conheço o estádio.”