O Criciúma só volta a jogar no próximo domingo pelo Campeonato Brasileiro da Série C, contra a Chapecoense, mas o técnico Argel Fucks aproveitou os últimos dias para intensificar os treinos e cumprir o planejamento que fez para o Tigre: vencer um jogo por vez e chegar à Série B. O Tigre atualmente é o líder do Grupo D, com quatro pontos em dois jogos.
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Feliz no clube, o técnico completou 16 jogos e pouco mais de 100 dias no estádio Heriberto Hülse, mas se sente como se estivesse há quatro anos em razão do entrosamento e da receptividade da cidade. Com contrato válido até o dia 30 de novembro, acredita que seu vínculo se renova a cada partida. E se precisar permanecer do Criciúma, está disposto a encarar mais um desafio.
– Vim para o Criciúma porque o presidente Antenor Angeloni está na administração, trata o clube como empresa e atendeu a todas as minhas exigências. Sem esse respaldo, não viria.
Em entrevista ao jornal Diário Catarinense, Argel Fucks, 36 anos, fala sobre o Tigre, os planos para evoluir na Série C e as lições da Copa do Mundo:
DC – Está satisfeito com a atual equipe?
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Argel – A equipe está bem homogênea, tem qualidade e jogadores de experiência. Está preparada para o combate, numa chave difícil, não vejo favoritos na Série C. Essa primeira fase considero mais difícil do que o mata-mata que virá.
DC – Como planeja a Série C?
Argel – Um jogo de cada vez. O melhor resultado é a vitória. E será cobrada no próximo. Não fico analisando tabela de jogos e nem fazendo cálculos. Futebol não tem tempo, tem pressa.
DC – O desempenho do time está como esperado?
Argel – O futebol é feito de resultados e exibição. Estamos bem de resultado até agora. Buscamos melhorar a exibição, fazer um jogo mais bonito.
DC – O que aprendeu com a Copa do Mundo?
Argel – O maior aprendizado foi com o toque de bola e domínio da Espanha. O futebol deles é técnico, eles trabalharam bem o psicológico, tem equilíbrio e alegria. Quem tem a bola dá as cartas. É assim que o criciúma tem que ser.
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DC – Qual a tendência de estilo de técnico: Dunga ou Mano Menezes?
Argel – Eles são parecidos no que se trata de fazer treinos fechados, barrar a imprensa e esconder a escalação. Isso não cola comigo.
DC – Qual seu estilo?
Argel – Comigo a imprensa tem liberdade, faço questão dos torcedores irem aos treinos, sou educado. É preciso que o treino seja às claras para depois o torcedor ver a mesma coisa no gramado.
DC – Quando jogador seu estilo era truculento. Quanto disso aproveita como técnico?
Argel – Eu sempre fui emotivo e de sangue quente. Futebol para mim sempre foi sobrevivência, não é brincadeira. Sou movido à pressão.
DC – Algum recado para o torcedor do Tigre?
Argel – Ele é peça fundamental na nossa equipe. É lindo ver famílias, mulheres e crianças nos jogos e a torcida nos treinos. Isso nos motiva. Os portões estarão sempre abertos.
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