Quando Enzo veio ao mundo Mariana Morena estava muito tranquila e segura. O parto normal aconteceu água, com a presença do marido e com direito a várias fotos. Tudo saiu do jeito que ela sonhou.

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– Foi especial, pois consegui aproveitar o momento, me preparei emocionalmente e também logisticamente para a chegada do meu segundo filho, isso fez diferença – conta a administradora e naturóloga, que vive em Florianópolis.

No ano passado, Mariana sentiu que precisava redescobrir suas metas e habilidades profissionais e resolveu fazer coaching, um processo que utiliza técnicas de várias áreas como psicologia, administração de empresas, planejamento estratégico, para ajudar pessoas a alcançar objetivos em qualquer aspecto da vida. O coach (treinador, em tradução do inglês) é como um técnico de futebol: não entra em campo, mas oferece conhecimentos e ferramentas para que o jogador descubra seu potencial e vença a partida.

– Procurei o coaching pensando no lado profissional, mas durante o processo descobri que estava grávida, então, junto com a minha coach, focamos o trabalho na gravidez. Agora o Enzo está com dois meses e eu continuo aplicando o que aprendi – lembra.

A coach de Mariana foi Vanessa Tobias, mestre em Administração pela Esag/Udesc e formada pelas principais escolas de coaching do exterior, ela observa que a procura pelo serviço de coaching é crescente no Brasil, principalmente pelas mulheres.

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– Hoje em dia, elas querem ser supermulheres, bem-sucedidas em todas as áreas de atuação, mas essa cobrança em excesso pode resultar em perda de foco. No caso das grávidas, a cobrança é ainda maior, pois além das tarefas habituais, a mulher precisa saber lidar com as mudanças do corpo, com a sexualidade nesse período, com o medo do parto, então, o coaching vem para estabelecer o equilíbrio e a autoconfiança e ajudar as futuras a mamães a planejar os próximos cinco anos de vida – afirma Vanessa.

O trabalho de coaching normalmente é feito de forma individual, mas de acordo com Vanessa, o atendimento em grupo proporciona resultados mais rápidos.

– Em grupo, a resposta é rápida porque um aprende com o outro, as pessoas compartilham suas vivências e isso agrega muito aos participantes – revela.

Para ampliar ainda mais essa troca de experiências, Vanessa se uniu ao obstetra Orlando Tobias Jr. para desenvolver uma espécie de intensivão para as grávidas e futuras grávidas.

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-Elaboramos um coaching com a participação de vários profissionais como fisioterapeuta, nutricionista, obstetra, doula, para oferecer um trabalho bem completo. São quatro dias de vivências e dinâmicas, e um deles é reservado aos maridos e familiares. Afinal, uma gravidez mexe não só com a vida da mulher, mas também de quem convive com ela -conta Orlando.

O coaching não deve ser substituído de maneira alguma pelo acompanhamento médico, mas funciona como um complemento para que sejam determinadas as necessidades e prioridades da família nesse período.

– Ser mãe é uma experiência maravilhosa, por isso deve ser vivenciada da melhor forma possível – diz o obstetra.