Jacqueline Iris Bacellar de Assis, a técnica que assinou um dos laudos no caso da doação de órgãos infectados por HIV, se entregou à polícia na terça-feira (15). Ela estava foragida desde segunda-feira (14) e chegou na a Delegacia do Consumidor, na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio de Janeiro, acompanhada de dois advogados.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
Na segunda, foi expedido um mandado de prisão temporário contra ela e outros envolvidos no caso. Jaqueline trabalhava como auxiliar administrativa no PCS Lab Saleme. Ela teria usado um carimbo com registro profissional de outra pessoa para liberar o laudo dos órgãos de uma paciente infectada com HIV para doação. Seis pacientes receberam órgãos infectados pelo HIV por conta do erro nos exames.
Segundo os Conselhos de Biomedicina e de Farmácia, Jacqueline não tinha nenhum registro profissional. Ela chegou a apresentar um diploma de biomédica, que não foi reconhecido pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera.
O laboratório diz ter recebido o diploma na contratação da técnica, assim como a carteira profissional com habilitação em patologia clínica. Porém, a instituição de ensino informou ao g1 que não identificou o documento em seus registros.
Continua depois da publicidade
O que dizem o advogado e Conselho de Farmácia
O advogado que representa Jacqueline, José de Arimatéia Félix, foi procurado para comentar o caso, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Jacqueline possui inscrição no Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) como técnica de patologia clínica. Contudo, o órgão destacou ao g1 que a inscrição da técnica é de profissional de nível médio.
O conselho explica que para assinar os laudos referente a doação de órgãos seria preciso ter uma formação acadêmica de nível superior. Ela também possui registro ativo no Conselho Federal de Farmácia (CFF).
*Com informações do g1
Leia também
Órgãos com HIV: Polícia prende sócio de laboratório e um dos responsáveis pelo laudo falso
Continua depois da publicidade
Órgãos com HIV: laboratório que emitiu laudo falso é acusado de erros há 10 anos