Após cinco anos sofrendo com dores nas costas, dezenas de exames, mais de 70 sessões de fisioterapia e um ano afastado do trabalho, Nairton Schmitz, 43 anos, tem esperança que nesta terça-feira seu calvário chegue ao fim. Ele tem hérnia de disco e vai passar por cirurgia com uma técnica inédita em Santa Catarina, que consiste em menos cortes e, por consequência, menos risco de infecção e recuperação mais rápida.

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A cirurgia será realizada no Hospital Dona Helena por três ortopedistas do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) de Joinville, com a participação de dois médicos sul-coreanos, precursores nesta área. Rodrigo Fetter Lauffer, um dos médicos responsáveis, explica que as cirurgias tradicionais de coluna são feitas com grandes cortes, atingindo todos os músculos até chegar à coluna.

Com essa técnica inédita, o paciente sofrerá de quatro a seis cortes pequenos, o suficiente para a introdução dos parafusos e da prótese. A prótese de policarbonato (plástico medicinal muito duro) será colocada entre as duas vértebras onde o disco está gasto.

– A cirurgia não é inédita. O que é inédito é a técnica minimamente invasiva com o uso do instrumental Apollon Spine System (instrumento que vai permitir a introdução dos parafusos e próteses), que diminui a lesão muscular, a dor e o risco de infecção, além de contribuir para a recuperação rápida do paciente, que ficará menos tempo internado e poderá retornar mais cedo para suas atividades – ressalta Lauffer.

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E é isso que seu Nairton mais deseja.

– Espero retomar a vida que tinha antes. Quero voltar a trabalhar, a fazer coisas em casa, como capinar, e não precisar mais me afastar do serviço – fala Nairton, que era operador de manufatura, mas teve de se afastar do emprego depois de uma crise que atingiu o nervo ciático e o deixou 15 dias de cama.

O procedimento, que deve durar duas horas, está marcado para as 13 horas e será transmitido ao vivo para outros cirurgiões de coluna do Estado. Os ortopedistas Carlos Henrique Maçaneiro e Ricardo Acácio dos Santos compõem a equipe que fará a cirurgia.

– Além de causar menos lesão no paciente, menos dor na recuperação, queremos alertar aos planos de saúde para que comecem a pagar esta técnica inovadora – conclui Lauffer.

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A recuperação do paciente pode levar até seis meses.