Uma técnica de enfermagem é investigada após “furar a fila” da vacinação contra a Covid-19 para imunizar o próprio pai que não fazia parte do grupo prioritário. Um processo administrativo foi instaurado pela prefeitura de Apiúna, no Médio Vale do Itajaí, e a servidora será ouvida na quinta-feira (25). A Polícia Civil também apura o caso.

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Segundo o prefeito do município, Marcelo Doutel da Silva (PL), a vacinação aconteceu no dia 6 de março. Na data, o grupo prioritário era o de idosos na faixa etária acima dos 85 anos. O pai da servidora, no entanto, tem 72 anos.

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Marcelo explica que a situação foi descoberta durante a conferência da lista de vacinados no município. Ele disse ainda que na ocasião sobraram doses da vacina e que será apurado quem autorizou que a técnica fizesse a imunização do familiar.

— Nós estamos apurando junto à sindicância para ver se ela realmente poderia ter aplicado essa vacina. Isso porque quando sobra uma vacina tem de ser seguido uma listagem — afirmou o prefeito.

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Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) a orientação em caso de sobre de doses é ampliar a imunização para outros grupos de forma escalonada. No caso de Apiúna, os próximos imunizados seriam idosos de 84, 83 e 82 anos, por exemplo.

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A reportagem não conseguiu contato com a servidora investigada.

Furto de doses

Outra investigação em andamento apura o furto de vacinas contra Covid-19 em Apiúna. No dia 10 de março, um funcionário comunicou o desaparecimento de 10 doses da CoronaVac. A polícia foi acionada e instaurou um inquérito.

Segundo o agente da polícia Gegorge Samagaia, que investiga o caso, funcionários foram ouvidos nos últimos dias e as câmeras de segurança também estão sendo analisadas. Samagai não deu detalhes sobre a identificação de suspeitos, mas informou que a vacinação do pai da servidora passou a ser apurada junto ao inquérito.

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O prefeito de Apiúna disse que após o furto foram instaladas mais câmaras de segurança até mesmo dentro da geladeira em que ficam as doses.

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— Nós ampliamos o número de câmaras, apesar de já ter duas direcionadas para a sala de vacinação. Ganhamos autorização para colocar uma câmera dentro da sala e uma na geladeira. Colocamos um vigilante e investimos R$ 140 mil em câmaras — contou.

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