Está sendo retomada no Oeste de Santa Catarina a técnica de terraceamento, que foi difundida pela Epagri nas décadas e 80 e 90, mas que acabou sendo abandonada pelos agricultores com o advento do plantio direto na palha, pois equivocadamente consideravam que não seria mais necessária.
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Só que, na avaliação de alguns pesquisadores, houve um retrocesso, pelo manejo inadequado do solo, compactação e redução da infiltração de água. O engenheiro agrônomo Leandro do Prado Wildner, da Epagri de Chapecó, disse a erosão acabou aumentando em muitas lavouras, levando a parte fértil do solo, além de fertilizantes, inseticidas e herbicidas, causando prejuízo aos agricultores e poluição dos rios.

Por isso algumas atividades de conservação foram retomadas pela Epagri, coordenadas pelo agrônomo Marcelo Bassani. Os produtores a utilizaram um método denominado Terraço for Windows, desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa e que foi validado pela Embrapa de Passo Fundo, que leva em conta a precipitação da região, a inclinação do terreno e infiltração, para definir o tamanho e invervalo dos terraços.
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A técnica já foi implantada em 600 hectares, em 30 propriedades do Oeste. O município de Caxambu do Sul tem se destacado, com 200 hectares. Segundo extensionista da Epagri no município, Juliano Garcez, tem colaborado para isso um programa de subsídio de horas-máquina no município.
– O terraceamaento tem capacidade para absorver 1,5 mil a 2 mil litros de água por metro linear e isso melhora a absorção das plantas, que sofrem menos em períodos de estiagem – explicou Garcez. Na região de Passo Fundo algumas lavouras com terraços produziram até 20 sacas a mais por hectare em período de estiagem.

Um dos agricultores que adotou a técnica foi Jaime Golin, em 20 hectares, dos 80 que possui.
– No primeiro ano a produtividade cai, mas já vimos que vale a pena pois a água da chuva fica na lavoura, diminui em 100% a erosão e não vai fora a adubação. Pretendo fazer isso no restante da lavoura também – destacou.
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