A senadora e candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS) afirmou, em visita a Joinville nesta terça-feira (23), que pretende recriar o Ministério da Cultura se eleita ao Planalto. Ela também comentou a falta de candidatas mulheres na disputa pela majoritária em SC. Afirmou que se trata de um problema generalizado na ausência de mulheres na política. 

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A promessa de campanha sobre o ministério foi feita durante uma tour pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, onde a presidenciável assistiu a apresentações dos alunos.

Tebet disse ainda que pretende ampliar os recursos de leis de incentivo à cultura, caso da Lei Rounet, hoje a principal fonte de financiamento das atividades do Bolshoi.

A candidata ainda anunciou que pretende criar uma Secretaria da Criança e do Adolescente, público beneficiado pela escola.

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O espaço atende hoje cerca de 220 alunos, com idades entre 9 e 17 anos e que contam, além do ensino de dança, com assistência social, o que Tebet disse ser um exemplo.

— Para mim, é a experiência que nós precisamos replicar no Brasil inteiro, é um projeto integrado. A criança precisa ser cuidada do momento que nasce ao que vai para o mercado de trabalho, só assim nós formaremos novos talentos — afirmou.

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A presidenciável esteve acompanhada de uma comitiva de candidatos de seu partido ao Senado e à Câmara por Santa Catarina, todos homens, para quem gravou vídeos de apoio na saída da escola.

Militante da presença feminina na política, Tebet foi questionada pela reportagem se considera um retrocesso a ausência de mulheres na corrida ao cargo de governador no Estado pela primeira vez em 16 anos.

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A senadora preferiu não limitar a pauta à Santa Catarina e disse que se trata de um problema nacional.

Simone Tebet faz primeira visita a SC como candidata à presidência

— A luta da mulher é árdua, mas tem tido grandes avanços. A gente não pode isolar um Estado, temos que ver o conjunto da obra. A realidade é que somos a maioria da população, mas ainda somos minoria em tudo. Essa é uma cara lamentável do Brasil. Com os mesmos postos de trabalho, currículo e capacidade [dos homens], nós recebemos até 20% a menos. Se for uma mulher negra, chega a receber até 40% menos. É disso que nós temos de tratar no todo e é por isso que nós precisamos de mais mulheres na política. Precisamos de ao menos 30% de cargos de gestão pública com mulheres.

— Excepcionalmente, eu não sei o que aconteceu com Santa Catarina, mas a nossa candidatura também é um reposicionamento da mulher brasileira, porque, pela primeira vez na história, o maior partido do Brasil, que é o MDB, o que tem maior número de prefeitos e parlamentares, coloca uma mulher como candidata. Então vamos olhar por esse lado do copo, mais cheio do que vazio — completou.

A chapa presidencial de Tebet é formada integralmente por mulheres. A candidata a vice dela é a também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

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Depois de Joinville, Tebet cumpre agenda em Itajaí em sua primeira visita a Santa Catarina desde que iniciada a campanha eleitoral.

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