O julgamento dos médicos que cuidavam de Diego Maradona antes de sua morte começou nesta terça-feira (11), no Tribunal de San Isidro, na Argentina. Eles são acusados de homicídio simples com dolo eventual, e as audiências devem se estender até julho, com 120 testemunhas.
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Os réus são o neurocirurgião Leopoldo Luque; a psiquiatra Agustina Cosachov; o psicólogo Carlos Díaz; a médica que coordenava os cuidados domiciliares, Nancy Forlini; o coordenador de enfermagem Mariano Perroni; o enfermeiro Ricardo Omar Almirón e o médico clínico Pedro Di Spagna. A enfermeira Dahiana Gisela Madrid pediu um júri popular e será julgada separadamente, em outro processo, a partir de julho.
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O relatório sobre a morte de Maradona
De acordo com a Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro, os médicos “incorreram em ações e omissões defeituosas, determinantes para o resultado da morte ora imputada”. Ainda, um relatório de junta médica com mais de 70 páginas diz que Maradona foi “abandonado à própria sorte” pela equipe.
Diego Armando Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, sozinho em uma casa alugada ao norte de Buenos Aires. Ele estava em recuperação após uma cirurgia em um hematoma na cabeça. Supostamente, o ídolo argentino contava com uma equipe médica atendendo a domicílio.
Ainda segundo o relatório, Maradona “começou a morrer pelo menos 12 horas antes” de ser encontrado morto e sofreu um “prolongado período de agonia”. De acordo com o promotor Patricio Ferrari, ele foi encontrado morto em um “teatro de horror”.
Como foi o primeiro dia do julgamento dos médicos de Maradona
No primeiro dia do julgamento, os promotores leram o indiciamento, ou seja, a imputação da prática do ilícito penal. Os promotores julgam que a morte de Maradona foi uma situação de “desamparo” e de “abandono” por parte da equipe médica.
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Cinco denúncias foram apresentadas contra a equipe médica: quatro são dos cinco filhos reconhecidos de Maradona, e a quinta foi registrada parte de suas irmãs.
Maradona estava em recuperação após passar por uma cirurgia para retirar um hematoma na cabeça, e não quis continuar internado na clínica. A equipe médica concordou com uma internação domiciliar, apesar dos diversos problemas de saúde do argentino, renais, hepáticos, cardíacos, neurológicos, além da da dependência de drogas.
De acordo com a promotoria, a internação domiciliar foi “uma internação indignante”, improvisada na casa do Maradona sem contar com os recursos necessários para um bom atendimento médico. Eles também encontraram provas de omissões e questionaram a conduta dos acusados que “não cumpriram com a boa prática médica”.
Diante das provas apresentadas, que incluem diálogos dos acusados como “Ele vai morrer”, “isto acaba mal”, “manipulemos a história clínica para nos cobrirmos”, “podemos terminar presos”, a promotoria defende que os réus agiam mal conscientemente, sabiam que Maradona ia morrer e que poderiam ser presos, e de procurarem alterar a história clínica do paciente para não deixar rastros.
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Além disso, também são acusados de conspirar para afastar a família de Maradona, por temer que levassem o jogador, e por consequência todos perderem o trabalho e os rendimentos.
*Lia Capella é estagiária sob supervisão de Diogo Maçaneiro
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