O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) classificou como “política” a denúncia do Sindicato dos Auditores de Controle Externo do órgão (Sindicontas/SC) de que menos de 40% dos servidores exercem a atividade-fim do TCE. O percentual faz parte de um levantamento elaborado pela entidade representativa dos servidores e divulgado durante entrevista do presidente Sidnei Silva ao Notícia na Manhã desta quarta-feira. Segundo ele, os números são preocupantes por colocarem “em xeque” a credibilidade das contas aprovadas no TCE.

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– Essa questão da distribuição dos recursos humanos, que prioriza as áreas-meio, gabinetes e cargos comissionados, pode levar à esse tipo de problema. Apenas 40% do nosso pessoal está na área fim do tribunal e isso é grave – afirma Silva.

A quantidade considerada baixa pelo Sindicontas permitiria a “interferência” na escolha dos conselheiros. “É inconcebível que o governo interfira tanto nesse processo”, diz o presidente da entidade.

Ouça a entrevista completa com o presidente do Sindicontas:

Nesta quinta-feira o TCE se manifestou sobre o assunto. Em entrevista, o diretor-geral de Controle Externo do órgão, Carlos Tramontin, disse que os números apresentados pelo sindicato estão errados. Ele também afirmou que acredita que a manifestação tenha motivação política.

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– Nós temos 307 auditores lotados no TCE-SC. 66,45% estão em áreas relacionadas com a fiscalização. Existe uma priorização clara com a área finalista do tribunal, contrário ao que foi afirmado pela diretoria do Sindicontas – respondeu Tramontin.

Sobre a solicitação de informações feita pelo Sindicontas, Tramontin disse que alguns pedidos demoram para serem atendidos porque envolvem dados específicos, como “os currículos dos servidores”, mas que em breve serão entregues. Ele não precisou a data para a disponibilização delas.

Ouça a entrevista completa com o diretor-geral de Controle Externo do TCE-SC