O Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu ampliar as investigações sobre a contratação do show do maestro italiano Andrea Bocelli, que teve a apresentação que faria em Florianópolis em dezembro de 2009 cancelada mesmo com o pagamento antecipado de R$ 2,5 milhões.

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No dia 9 de agosto, a conselheira substituta Sabrina Iocken pediu que fossem responsabilizados o prefeito Dário Berger (PMDB), os ex-secretários Augusto Hinckel (Finanças) e Mario Cavallazzi (Turismo), o ex-secretário-adjunto de Turismo Aloysio Machado Filho e a empresa Beyondpar, promotora do evento. Além da devolução da quantia, em partes iguais, a conselheira pedia aplicação de multas aos envolvidos.

Na sessão de hoje, o conselheiro Salomão Ribas Junior fez um pedido para que sejam feitas novas investigações. Ele quer que a Beyondpar comprove quanto do dinheiro recebido foi realmente encaminhado para a empresa irlandesa que agencia o artista. Também quer uma consulta sobre a possibilidade de remarcar a data para apresentação de Bocelli.

– Nós precisamos esclarecer se tratou de um show caro ou se houve desvio de recursos – afirmou o conselheiro.

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Salomão entende que não há pressa em julgar o caso, porque existem ações na Justiça envolvendo o mesmo episódio. Em uma delas, foi garantido o bloqueio dos bens dos envolvidos na quantia correspondente ao prejuízo do show que não aconteceu.

O pedido de Salomão foi colocado em votação e foi acompanhado pelos conselheiros Luiz Roberto Herbst, Herneus de Nadal, Wilson Wan-dall e Júlio Garcia. A conselheira Sabrina Iocken manteve seu parecer pela condenação dos agentes públicos e da empresa. Ela entende que as irregularidades já estão comprovadas com o pagamento antecipado e sem garantias para um show eu não aconteceu.

– Confesso que estou ansiosa pela remarcação do show, mas após dois anos não acredito que a recuperação ao erário possa ficar sujeita à mercê dessa expectativa – ironizou.

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