O trabalho de um taxista já não é mais só levar o cliente ao lugar combinado. Hoje, os motoristas também carregam, além dos passageiros, a esperança de que o pagamento seja feito no final da corrida.
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Em agosto, segundo a Associação de Taxistas de São José e Florianópolis, seis profissionais foram assaltados em serviço, e um deles ainda foi espancado e amordaçado pelos bandidos.
Os números, no entanto, não batem com os passados por um taxista da região continental. Segundo ele, só no Dia dos Pais, 12 de agosto, oito taxistas teriam sido abordados. O dinheiro foi levado.
O crime mais comum, conforme contam as próprias vítimas, é aquele em que o passageiro entra no banco de trás, informa o destino e anuncia o assalto assim que o carro arranca.
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Os bandidos, que às vezes estão acima de qualquer suspeita, também podem agir como casal. Uma dupla ficou famosa entre os taxistas na Avenida Ivo Silveira, em Capoeiras, na Capital. Um homem e uma mulher juntos roubaram, cinco vezes, motoristas diferentes, antes de serem presos.
::: Se não é assalto, é ameaça e calote
Outro risco que os taxistas correm é o calote: o cliente desce, avisa que vai buscar o dinheiro e desaparece. Outra situação comum é o uso dos táxis por criminosos para cometer assaltos, outro risco para os profissionais.
Eles reivindicam barreiras policiais
As blitze são consideradas a solução pelos profissionais. Já a falta de fiscalização à noite é um grande problema.
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_ A blitz assusta o bandido, já que a polícia poderia revistar o carro, se suspeitar _ explica o vice-presidente da Associação de Taxistas de São José e Florianópolis, José Henrique Weber.
Dos seis assaltos registrados, cinco foram em São José. A BR-101 facilita a fuga. Para a PM, o contato com o Rádio Táxi ajuda:
_ Informações do itinerário e características da pessoa, para montarmos o cerco, são essenciais _ diz o tenente Thiago Vieira, do 4º Batalhão.
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PM pede apoio
Sobre as blitze, a PM informa que mais de 4,4 mil carros foram apreendidos só na área central de Florianópolis neste ano.
_ Hoje abordamos a maioria dos táxis, como segurança para eles. Pedimos a compreensão dos taxistas para isso _ comentou o tenente.