A taxa média do cheque especial caiu pela primeira vez após nove meses de alta, de 9,57% ao mês em setembro para 9,55% em outubro. Já a taxa média do empréstimo pessoal cobrada pelos sete maiores bancos do País apresentou queda em outubro em relação a setembro de 0,01 ponto porcentual, para 5,85% ao mês, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP. Essa é a segunda redução seguida, novamente com uma leve variação, já que a taxa havia recuado de 5,87% ao mês em agosto para 5,86% no levantamento seguinte.

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“Em pontos porcentuais as reduções não foram muito expressivas, o que demonstra ainda uma cautela do mercado financeiro” afirma o Procon-SP.

Dois bancos reduziram a cobrança do empréstimo pessoal: Banco do Brasil (de 5,39% para 5,35% ao mês) e Bradesco (de 6,37% para 6,33%). A instituição estatal é ainda a que cobra a menor taxa entre os bancos pesquisados, enquanto o Itaú, a maior (6,45%).

Quanto às taxas cobradas no cheque especial, três bancos apresentaram redução em outubro ante setembro. O Banco do Brasil recuou de 8,49% ao mês para 8,45%, o Bradesco, de 8,95% para 8,93%, e a Caixa Econômica Federal (CEF) passou de 8,27% para 8,20%.

De acordo com o Procon-SP, o cenário segue desfavorável para os empréstimos financeiros por conta das “altas taxas de juros” cobradas pelos bancos.

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“O Brasil continua com os maiores juros reais do mundo. Desta forma, o Procon-SP orienta que o consumidor deve manter a cautela, procurando analisar todas as opções de empréstimos e financiamentos”, diz a instituição.

A pesquisa foi realizada no dia 18 de outubro com Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander, e antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, para 11,50% ao ano.