A queda da cobertura vacinal das crianças em 2020 é a maior registrada desde 2009, segundo a Organização Mundial de Saúde. De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), das 15 vacinas do calendário infantil, metade não bate as metas de imunização desde 2015 no Brasil, o que inclui a vacina contra poliomielite. De acordo com a pediatra e pesquisadora da UFSC Sônia de Faria, a pandemia agravou o problema.

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– A situação vinha sendo observada no Brasil nos últimos cinco anos. Claro que em parte por causa da pandemia, das pessoas com medo de procurar posto de saúde e levar as crianças para vacinar, mas foi se prolongando essa demora – observou a médica.

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A situação acende um alerta para o risco de retorno e aumento de casos de outras doenças graves, como a poliomielite e meningite meningocócica.Conforme Sônia, para considerar a população imuninizada, o Ministério da Saúde estabelece metas altas enquanto a busca pela vacinação tem sido baixa.

– Um exemplo disso é a vacina contra a gripe. Aqui em SC, para os grupos prioritários, está torno de 55%, mas deveria ser de 90%. Há muito tempo se pensa que vacina é exclusivo para crianças, mas hoje tem vacina para adulto, gestante, idoso, para toda a vida e o adulto esquece muito isso – explicou a pediatra.

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Estudos têm demonstrado que famílias com crianças em idade escolar são mais acometidas por gripe. Por isso, a vacinação infantil é importante na proteção de outras faixas etárias.

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