A ressonância magnética é importante aliada da mamografia na detecção em pacientes de alto risco para o câncer de mama, alerta a médica Vivian Schivartche, radiologista do CDB Premium especializada neste tipo de diagnóstico.

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Apesar de o ultrassom e a ressonância magnética serem importantes coadjuvantes, o padrão para a descoberta da doença continua sendo a mamografia, que é bastante eficiente e deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos.

– Apesar de o câncer de mama ter um bom prognóstico quando detectado bem no início, a taxa de mortalidade continua alta no Brasil justamente porque muitas mulheres buscam ajuda médica quando a doença já está em estágio avançado – explica.

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais atinge mulheres em todo o mundo, tanto em países ricos como em países pobres. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no ano passado foram descobertos quase 53 mil novos casos no Brasil. Histórico de câncer na família, idade entre 40 e 50 anos, menstruação precoce, menopausa tardia, mulheres que nunca tiveram filhos, uso de anticoncepcionais orais, primeira gestação depois dos 30 anos, alta densidade de tecido mamário e terapia de reposição hormonal estão entre os principais fatores de risco da doença.

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Para a doutora Vivian, um grande avanço na detecção precoce do câncer de mama foi a introdução da tomossíntese ou mamografia tomográfica.

– A tomossíntese, também conhecida como mamografia 3D, é muito semelhante à mamografia convencional e é realizada no mesmo tipo de mamógrafo digital, fazendo com que a mama permaneça comprimida por mais alguns segundos fornecendo então as imagens tomográficas – diz Vivian.

A grande vantagem dessa técnica é permitir enxergar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas, que são difíceis para a mamografia convencional. Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, outros exames podem e devem ser realizados.

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Estudo conduzido pela doutora Monica Morrow, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York, revela que 16% das pacientes submetidas à ressonância magnética antes da cirurgia para a retirada do tumor tiveram o câncer totalmente removido na primeira vez, contra 8% das que não tiveram indicação do exame.

A médica americana afirma que a ressonância produz uma imagem muito mais clara do que o raio-X e o ultrassom. Vale ressaltar que já existem diretrizes da American Cancer Society (ACS) indicando o uso da ressonância magnética em pacientes de alto risco.