Santa Catarina manteve a menor taxa de desemprego do Brasil no terceiro trimestre de 2021, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (30). O índice de 5,3% é menor do que a média da OCDE e do que a de países da zona do euro, conforme uma pesquisa da consultoria Austin Rating, divulgada na semana passada pelo portal G1.
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Se fosse um país, SC teria a 20ª menor taxa de desocupação entre os 44 países pesquisados no levantamento mundial, que reúne as principais economias do mundo. O Estado estaria à frente de seis nações que integram o G20, reunião das maiores economias do mundo – Canadá, França, Índia, Indonésia, Itália e Turquia, além do próprio Brasil. O resultado catarinense é melhor também que o de outros 11 países da União Europeia, que coletivamente também faz parte do grupo de países mais ricos.
Já o Brasil, mesmo com queda na taxa de desemprego, que passou de 14,2% para 12,6% no terceiro trimestre, ainda tem o quarto pior indicador na comparação com os 44 países da pesquisa.
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Os dados divulgados nesta terça mostram redução na taxa de desocupação em SC, que passou de 5,8% para 5,3% entre o segundo e o terceiro semestre deste ano. Em relação ao mesmo período de 2020, o índice caiu 1,4 ponto percentual, passando de 6,7% para os atuais 5,3%. O número coloca o Estado abaixo do resultado pré-pandemia, já que no último trimestre de 2019, a taxa era de 5,4%.
O número de trabalhadores com carteira assinada em SC passou de 1,7 milhão para 1,8 milhão entre o terceiro trimestre do último ano e o de 2021. Em relação aos três meses anteriores, o número se manteve estável. Já a estimativa de trabalhadores sem registro formal também cresceu: foram cerca de 40 mil ocupados a mais do que nesse período do ano passado, fazendo o número chegar a 219 mil trabalhadores. Desse número, uma alta de 15% ocorreu somente entre os dois últimos trimestres, quando mais de 28 mil pessoas voltaram a atuar em postos sem carteira assinada.
A estimativa de pessoas desocupadas em SC é atualmente de 207 mil, um número 18% menor do que no terceiro trimestre de 2020.
Outro destaque de SC foi o crescimento da taxa de informalidade, que chegou a 26,6% do total de pessoas ocupadas (3,7 milhões). Ainda assim, o indicador foi o menor entre os 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal.
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O rendimento médio dos catarinenses na ativa no mercado de trabalho teve leve queda, passando de R$ 2,9 mil para R$ 2,8 mil entre os dois últimos trimestres.
Os setores que puxaram a melhora no emprego
Os principais setores que puxaram a queda na taxa de desemprego foram a indústria geral (46 mil pessoas), comércio e reparação de carros e motos (20 mil), considerando os números absolutos.
Em termos percentuais, os maiores crescimentos foram de alojamento e alimentação e da construção. Setores como informação, comunicação, atividades financeiras e imobiliárias tiveram queda de 8,4% na população ocupada, em relação ao trimestre anterior.
A economista e professora de Economia e Finanças da Udesc Esag, Ivoneti Ramos, avalia que o resultado demonstra que o Estado está se recuperando após os traumas causados pela pandemia.
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Na avaliação dela, o fato de SC ter um histórico de liderança em produção no país traz vantagens competitivas como um maior estoque de capital e um ambiente de mais confiança para os empresários retomarem os investimentos.
Um segundo fator que contribui para a confiança e essa melhora no cenário do emprego são políticas de incentivo do governo. Além disso, a economia diversificada de SC também joga a favor, com bons resultados na agricultura, indústria, comércio e serviços como o turismo.
Para 2022, pontos como o aumento na taxa de juros, que torna o capital mais caro para novos investimentos, e também as eleições, que aumentam o cenário de incerteza para investidores, podem limitar o potencial de crescimento de produção e empregos no Estado.
– De toda forma, por todo seu histórico, SC tem potencial para manter seu ritmo de crescimento do produto e geração de empregos acima da média brasileira nos próximos meses. E o Estado também conta com uma variável que tende a despontar em valor agregado no pós-pandemia, que é o setor turístico – projeta.
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A taxa de desemprego de 5,3% em SC é:
– Menor do que a média de países da OCDE, que caiu para 5,8% em setembro, segundo pesquisa da consultoria Austin Rating divulgada na semana passada pelo portal G1.
– Menor do que a média de países da zona do euro (7,4%) dos 44 países pesquisados no levantamento (6,2%)
– Maior do que a de países como Estados Unidos (4,8%), China (4,9%), Reino Unido (4,3%) e Japão (2,8%).
Fonte: Levantamento da consultoria Austin Rating divulgado pelo portal G1
Taxa de SC segue como a menor do Brasil
Na comparação com outros estados brasileiros, SC segue com a menor taxa de desocupação do país. O segundo menor índice é do Mato Grosso, com índice de 6,6%, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 7,6%. O maior indicador ficou com Pernambuco, com 19,3% de desemprego.
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Em todo o Brasil, a taxa média de desemprego diminuiu de 14,2% para 12,6%, mas ainda é considerada alta perante outros países. Em fevereiro de 2020, um mês antes da declaração da pandemia de Covid, o Brasil registrou taxa de desemprego de 11,6%. Ainda assim, analisas projetam que a taxa de desemprego no país não retorne tão cedo ao patamar pré-pandemia.
Confira abaixo a taxa de desemprego de todos os estados:
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