Dados do Projeto de Monitoramento das Praias da Bacia de Santos, capitaneado pela Univali, em Itajaí, trazem um cenário preocupante em relação às tartarugas-verdes, espécie que está na lista de animais vulneráveis à extinção e que é a recordista entre os animais encontrados nas praias de Santa Catarina. Elas correspondem a quase metade dos mais de 4 mil animais recolhidos desde setembro de 2015, vivos ou mortos, entre Barra Velha e Governador Celso Ramos.

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O índice de mortes também é alarmante. Das tartarugas-verdes localizadas, 1882 chegaram às praias sem vida _ em média, mais de duas por dia.

Jeferson Luis Dick, coordenador da unidade do projeto em Penha, reconhece que o número é maior do que estimavam os especialistas, até a coleta de dados. Trabalhos como o do Projeto Tamar, com sede em Florianópolis, têm ajudado a garantir o crescimento populacional das tartarugas no Estado. Mas o que se percebe é que muitas delas chegam às praias mortas antes de chegarem à idade adulta, vítimas principalmente do lixo e da pesca incidental.

Recentemente o Tamar começou um trabalho de identificação e levantamento populacional a partir da Praia do Cascalho, em Penha, que deve auxiliar os pesquisadores a compreender de que forma as mortes prematuras interferem na manutenção da espécie.

A expectativa dos pesquisadores é conseguir mais tempo de coleta de dados para chegar a estudos comparativos consistentes. O Projeto de Monitoramento de Praias é um condicionante ambiental da Petrobras, exigido pelo Ibama, e o acordo com a Univali vai até janeiro do ano que vem.

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