Depois de 20 dias de recuperação, uma tartaruga da espécie verde, juvenil, voltou ao mar neste domingo à tarde, em Florianópolis. O animal ficou sob a responsabilidade do Projeto Tamar depois de ser encontrado na praia com sinais de afogamento.
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Após os cuidados veterinários e o monitoramento da alimentação, da capacidade de mergulho e flutuabilidade, foi realizada a soltura do animal na praia da Barra da Lagoa, sob os olhos de uma grande plateia. Em menos de três minutos, a tartaruga com aproximadamente 40 centímetros reencontrou a água salgada.
Para a alegria do bicho, de seus cuidadores, e dos visitantes curiosos, as chances desse animal se recuperar são grandes, já que o período de recuperação foi curto, o que permite que ela retorne com facilidade à procura de alimento naturalmente.
De acordo com a assistente administrativa do Projeto Tamar, Silvia Benetti, pelo tamanho, a tartaruga tem idade aproximada de quatro anos. O animal ainda pode ter muita vida pela frente, já que chega a ter 143 centímetros de comprimento e a alcançar os 80 anos. Os hábitos alimentares se alteram ao longo desse tempo. Quando filhote, a espécie é onívora, com uma alimentação variada, mas quando atinge aproximadamente os 25 centímetros de casco, ela se torna vegetariana.
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– Como ela se aproxima muito do costão, para procurar alimento, é comum encontrar essa espécie presa nas redes de pesca. Provavelmente é o que aconteceu com essa tartaruga – conta Silvia.
Atualmente, são 10 tartarugas expostas à visitação e quatro em recuperação, no Projeto Tamar da base da Barra da Lagoa.
Mais informações sobre o Projeto Tamar e sobre as tartarugas brasileiras podem ser encontradas na página do projeto.
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O que é o casco?
O casco das tartarugas serve para proteção. Em situações de perigo, esses animais recolhem a cabeça ou os membros para dentro do casco. Mas as tartarugas marinhas têm características físicas diferentes, voltadas para se nadar rápido. Por isso, essas espécies acabam ficando mais vulneráveis.