Com o Palácio Piratini cercado pela tropa de choque da Brigada Militar, o governador Tarso Genro falou à imprensa sobre as manifestações e a reação policial no final da noite de segunda-feira. Em meio a um discurso de questionamento a todo o sistema político do país, Tarso defendeu a atuação da polícia gaúcha, afirmando que a BM teve de reagir. A orientação, segundo ele, era reagir para defender a integridade física das pessoas.
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– Uma pequena parte dos manifestantes queria a depredação. Felizmente os danos aqui, principalmente com relação a feridos, foram inferiores aos de outras capitais – resumiu o governador.
Tarso afirmou que é nítido o esvaziamento do sistema democrático, dos partidos e seus representantes.
– Centenas de milhares de jovens não se sentem representados, estão sem interlocutores. O país e suas instituições democráticas, que são fortes, devem refletir sobre isso. Faço um apelo a esses jovens: evitem a violência. Ela não possibilita que a população compreenda as causas pelas quais eles lutam.
O governador disse estar disposição para solucionar impasses, como o do transporte coletivo, “que é caro e não é bom em grande parte do país”.
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Desde o início da noite, milhares de manifestantes protestam pelas ruas de Porto Alegre em uma ação que ocorre simultaneamente nas principais capitais do Brasil. O ato, iniciado na frente da Prefeitura, seguiu pacífico até a esquina das avenidas Ipiranga e Azenha, onde uma minoria depredou uma concessionária de motos. A Tropa de Choque da Brigada Militar reagiu com bombas de efeito moral para dispesar os manifestantes e houve confronto.
O grupo seguiu pelas ruas da Cidade Baixa e do Centro queimando ônibus, contêineres e depredando lojas e carros. A vidraça do Palácio da Justiça também foi danificada.
>>> Protestos tomam as ruas das principais capitais do país
Confira imagens da manifestação em Porto Alegre: