A tarifa de esgoto vai ficar mais cara em Blumenau a partir de 1º de abril de 2024. A Agência Intermunicipal de Regulação de Serviços Públicos (Agir) atendeu ao pedido da BRK e autorizou o reajuste de 4,45%. O percentual tem por base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Além da tarifa de tratamento de esgoto, os valores de outros serviços como ligação e interligação de rede também passam a ter novos valores (veja tabelas abaixo).
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Na prática, os moradores contemplados com rede de tratamento de esgoto que pagam R$ 46,24 para a faixa de consumo de até 10 metros cúbicos de água passam a desembolsar R$ 48,30. Um aumento de R$ 2,06. Já para as famílias atendidas com a tarifa social, destinada às pessoas em vulnerabilidade social, o preço sai de R$ 22,72 para R$ 23,73. Ou seja, R$ 1,01, conforme planilha divulgada no site da Agir. A aprovação dos novos valores ocorreu no dia 29 de fevereiro.
A BRK informou que a tarifa de Blumenau permanece entre as mais baixas de Santa Catarina. Segundo a empresa, o valor está cerca de 22% abaixo dos cobrados em 194 municípios catarinenses atendidos pela Casan.
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Cobertura abaixo do previsto
De acordo com a BRK, o percentual de cobertura de tratamento de esgoto em Blumenau atualmente é 49%. No começo do ano passado, como mostrou o NSC Total, este número estava em 47%. O Plano Municipal de Saneamento Básico previa, porém, que 2023 tivesse encerrado com esse percentual na casa dos 82%. O atraso afeta cerca de 100 mil e seria motivado pela pandemia da Covid-19, imprevistos nos cronogramas de obras e também impasse contratual com o Samae.
Em março do ano passado, quando a defasagem veio a público, o então diretor da BRK foi chamado à Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos e disse não ser única responsável pelo atraso. Na época, Cleber Renato Virgínio da Silva citou que o Samae também deixou de cumprir com obrigações contratuais que refletiriam no avanço da cobertura. O presidente da autarquia naquele período, Michael Schaneider, explicou o problema (veja vídeo abaixo).
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