O joinvilense já sabe o quanto terá de desembolsar a mais para ter água tratada em casa pelos próximos quatro anos. Os percentuais de reajuste foram aprovados na sexta-feira pelo Conselho de Água e Esgoto da cidade. Após desentendimentos entre a Agência Municipal de Regulação dos Serviços de Água e Esgoto (Amae) e a Companhia Águas de Joinville, houve consenso para que o aumento anual ficasse em 5,58%, índice próximo da inflação projetada.
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Os percentuais foram definidos com base nos planos de investimentos e o faturamento da Águas de Joinville para os próximos quatro anos. Nas primeiras tratativas, a Amae defendia um reajuste de 3,5% enquanto a Águas cobrava 6% de reajuste anual no período.
O detalhamento dos investimentos a serem feitos e entendimentos sobre questões controversas, como a perspectiva de inadimplência e a projeção de crescimento da cidade no período, ajudaram a se chegar em um patamar que agradasse tanto a companhia quanto a agência reguladora. As taxas só serão alteradas caso sejam constatadas situações extraordinárias.
– Vai ser feita uma resolução de gatilho para uma eventual revisão extraordinária. Se a companhia gastar menos do que está previsto, se o caixa subir demais ou se, ao contrário, houver investimentos excepcionais que precisem ser feitos, os números podem mudar – afirma o diretor-presidente da Amae, Renato Monteiro.
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O percentual começa a valer para a conta de junho, a ser paga no início de julho. Assim, a tarifa residencial mínima passará de R$ 25,80 para R$ 27,25.
Entre os investimentos previstos no orçamento para o período estão incluídas obras de melhoria em reservatórios, ampliações de Estações de Tratamento de Água (ETAs) e extensão da rede de água. O investimento total será de cerca de R$ 460 milhões nos próximos quatro anos.