23 e 24 de fevereiro de 2013:

Também construí meus castelos nas areias das praias do Atlântico Sul. Talvez não com tantas torres, porém tão grandes quanto os meus sonhos. Nenhum com mil janelas, apenas uma, que através dela se via do outro lado da linha do horizonte.

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Também de areia, esculpi lindos amores, mulheres com curvas geográficas generosas que desfilavam nas calçadas dos meus verões de adolescente. Ninguém soube me dizer com quantos baldes de areia se faz uma ilusão.

Teimoso, adulto, continuo a construir os castelos que, vários, as ondas destruíram. Das várias paixões, as areias escoaram entre meus dedos.

Passarela de belas musas e marmanjos de vida boa Peles cor de bronze, formas sensuais e olhares maliciosos. 40 graus, água de coco e chinelos de dedo.

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Na areia fina a sereia de belos cantos. Envolvente e mentirosa (sou do signo de Peixes. Conheço o estilo).

Colina de pecados. Paisagem anatômica de montanhas eróticas, com vista para o mar.

Adolescente, quantos amores perdidos tive. Apaixonado, amei o meu próprio amor. Adulto, quando acordei do sonho, tal qual os castelos de areia, a falsa amada se desmoronou.