Neste sábado, às 10 horas da manhã, o Projeto Tamar vai realizar a soltura de uma tartaruga cabeçuda que foi encaminhada até eles com um anzol preso na língua. O animal ainda não é adulto, tem menos de 20 anos, apenas 62cm de comprimento de casco e 34 quilos, quando um adulto da espécie pode chegar a pesar 200 quilos e ter mais de um metro de comprimento.

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Gustavo Stahelin, biólogo e coordenador técnico do Projeto Tamar desde 2005 (quando o projeto começou sua atuação em Florianópolis), explica que essa espécie de tartaruga é a que mais tem problemas com anzois de pesca.

– Elas se aproximam dos anzois para comer as iscas usadas e os hábitos delas coincidem com o do ambiente de pesca. Elas ficam mais afastadas da costa, que é onde acontece a pescaria – conclui o biólogo.

Levada pela Polícia Ambiental no dia 23 de janeiro, a tartaruga cabeçuda permaneceu em recuperação para cicatrização da ferida e agora que está recuperada e ativa vai voltar ao mar da Barra da Lagoa com direito a plateia, já que a cerimônia será aberta ao público.

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Segundo Gustavo, encaminhar a tartaruga machucada ao Tamar ou a outras instituições qualificadas é melhor do que tentar retirar o anzol, que pode acabar machucando mais o animal. As tartarugas recebidas pelo projeto também sofrem com as redes de pesca e com a ingestão de lixo, principalmente plástico, que se acumula no organismo do animal levando à morte.